Foto: Reprodução

Uma jovem grávida de 21 anos foi identificada por familiares como uma das vítimas do incêndio de grandes proporções que atingiu, nesta terça-feira (5), a fábrica da montadora EFFA Motors, no Distrito Industrial II, Zona Leste de Manaus. Letícia Gomes do Nascimento, que está no segundo mês de gestação, sofreu queimaduras em várias partes do corpo e permanece internada sob cuidados médicos.

Embora o Corpo de Bombeiros tenha informado inicialmente que não houve vítimas, familiares confirmaram que Letícia foi atingida pelas chamas e encaminhada a duas unidades de saúde. Segundo a tia da jovem, Neiriane Nascimento, em entrevista à TV A Crítica, a sobrinha foi socorrida ao Hospital João Lúcio e, devido à gravidade dos ferimentos, transferida para o Hospital 28 de Agosto, onde segue em observação.

“Disseram que não havia nenhuma vítima. Mas minha sobrinha está lá, ferida, junto com o bebê dela. São duas vidas. Isso nos deixa muito tristes, estamos com o coração angustiado. Mas, para a honra e glória do Senhor Jesus Cristo, não aconteceu uma tragédia maior”, declarou.

Letícia não trabalhava na montadora atingida pelo incêndio, mas sim em uma empresa vizinha. De acordo com relatos da família, ela havia acabado de retornar do intervalo para o almoço e se preparava para descansar quando foi surpreendida pelas explosões que deram início ao fogo. Desesperada, ela tentou fugir das chamas e acabou sofrendo queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus nos braços, pernas, tórax e rosto.

Apesar das lesões, Letícia está consciente e medicada, e os médicos informaram que o bebê também está em condições estáveis. A família afirma que a empresa onde ela trabalha tem prestado suporte desde o ocorrido.

O incêndio começou por volta de meio-dia no setor de produção da Effa Motors, onde cerca de cem veículos estavam na linha de montagem. Informações preliminares de funcionários apontam que o fogo pode ter se iniciado após faíscas de solda atingirem materiais inflamáveis, mas a causa oficial segue sob apuração.

Mais de 150 bombeiros atuam na operação, com apoio de 32 brigadistas do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) e de caminhões-pipa fornecidos por empresas do polo industrial. A intensa fumaça tóxica e o risco de propagação para galpões vizinhos exigiram esforço redobrado das equipes.

Segundo o subcomandante do CBMAM, coronel Borges, as chamas foram confinadas à estrutura principal da fábrica, sem avanço para outras instalações. “A parte sul do galpão ainda não foi atingida. As demais áreas estão protegidas e não há risco de propagação para outros prédios. Agora, o foco é manter o confinamento e o controle total do incêndio”, explicou.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas acompanha o caso e informou, em nota, que está em diálogo com o Ministério Público do Trabalho e a Superintendência Regional do Trabalho para garantir suporte aos trabalhadores atingidos.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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