O Governo de Moçambique manifestou o seu relatório pela divulgação pública da carta da TotalEnergies, na qual a empresa anuncia a intenção de levantar a ‘força maior’ no megaprojeto de gás em Cabo Delgado.
A petrolífera propôs uma prorrogação de 10 anos para compensar as perdas decorrentes da situação.
Inocêncio Impissa, porta-voz do Conselho de Ministros, criticou a informação que foi divulgada, informando que a carta deveria ter sido apresentada, inicialmente, num contexto fechado ao Presidente da República, Daniel Chapo. “Devia ser dirigido num contexto fechado a sua excelência, o senhor Presidente da República, em primeira mão”, afirmou Impissa, em resposta a perguntas de jornalistas após uma reunião do Conselho de Ministros, realizada em Maputo.
A porta-voz constatou que muitos membros do Governo ficaram “surpreendidos” ao tomar conhecimento da carta da TotalEnergies, que circula nos meios sociais e que comunica a decisão de levantar a cláusula de ‘força maior’ do projecto, bem como as condições impostas para o seu regresso.
“A primeira coisa que fazemos é repudiar este formato, porque o formato mais adequado é conversar dentro dos canais previstos para o efeito”, reiterou Impissa, destacando a intenção do Governo de manter um diálogo formal com a empresa.

