Governo Antecipa Crescimento Económico, Angola Perdoa 50% da Dívida do País e TotalEnergies Negoceia Retoma do Projecto de Gás em Afungi • Diário EconómicoGoverno Antecipa Crescimento Económico, Angola Perdoa 50% da Dívida do País e TotalEnergies Negoceia Retoma do Projecto de Gás em Afungi • Diário Económico

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A semana económica em Moçambique ficou marcada por sinais de recuperação da economia nacional, com previsão de crescimento no terceiro trimestre, por avanços nas negociações com a TotalEnergies para retomar o megaprojecto de gás natural liquefeito (GNL) na Área 1 da bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, por um gesto significativo do Governo de Angola ao perdoar 50% da dívida do País.

O Governo previu, ao longo desta semana, uma inversão da tendência de contracção económica no terceiro trimestre deste ano, após três períodos consecutivos de retracção do Produto Interno Bruto (PIB), provocados pela instabilidade registada após as eleições gerais de Outubro de 2024. Segundo o porta-voz do Conselho de Ministros, Salim Valá, também ministro da Planificação e Desenvolvimento, a economia mostra sinais de melhoria, o que poderá permitir uma gestão mais eficaz de desafios orçamentais, como os atrasos no pagamento de horas extraordinárias no setor da educação.

“Se se recordam, nós tivemos três trimestres seguidos de contracção económica. São momentos difíceis, com o PIB a desacelerar. A situação está tendencialmente a melhorar. Vamos ter, tudo indica, boas notícias no terceiro trimestre, e, com mais capacidade para dinamizar a economia e arrecadar receitas, estes problemas poderão ser solucionados com maior facilidade”, afirmou o responsável.

O governante destacou que a melhoria das condições económicas deve fortalecer a capacidade do Governo para investir em infra-estruturas e projectos estratégicos, além de consolidar a confiança dos actores privados, criando perspectivas positivas para o crescimento sustentado.

O anúncio reflecte a prioridade do Executivo em monitorizar continuamente a situação macroeconómica, de modo a implementar medidas de estímulo oportunas e eficazes, garantindo que o País retome o caminho de crescimento sustentável e inclusivo.

Angola perdoa 50% da dívida de Moçambique

Outro destaque da semana foi a decisão do Governo de Angola de perdoar metade da dívida de Moçambique, anunciada pela presidente da Assembleia da República moçambicana, Margarida Talapa, após encontro com o Presidente angolano, João Lourenço, em Luanda.

Margarida Talapa agradeceu o gesto e demonstrou confiança na rápida tramitação do processo legislativo, afirmando: “Agradecemos a decisão do Governo angolano de perdoar 50% da dívida moçambicana e expressamos a expectativa de que o Parlamento angolano ratifique brevemente esta decisão.”

A visita do presidente da Assembleia da República a Angola decorreu no âmbito das comemorações do 50.º aniversário da independência do país, permitindo reforçar laços diplomáticos e económicos.

TotalEnergies negocia retoma do projecto de gás em Afungi

A 20.ª Conferência Anual do Sector Privado (CASP 2025), realizada desde quarta-feira (12), em Maputo, ficou marcada pelo anúncio do Presidente da República, Daniel Chapo, de que o Governo espera concluir, numa semana, as negociações com a TotalEnergies para retomar o megaprojecto Mozambique LNG, na Área 1 da bacia do Rovuma.

“Se tudo correr como previsto, num prazo máximo de sete dias, estaremos em condições de encerrar as conversas sobre o projeto liderado pela TotalEnergies”, afirmou Daniel Chapo, destacando que o levantamento da cláusula de “força maior” – que suspendeu as atividades desde 2021 devido a ataques extremistas – abriu caminho para a reativação do investimento.

O projecto, orçado em cerca de 1,3 mil milhões de meticais (20 mil milhões de dólares), inclui custos adicionais resultantes da paralisação das obras, que são alvo de aprovação governamental antes do reinício da construção. O Executivo demonstra se comprometer em concluir rapidamente o processo negocial, garantindo que as atividades possam ser retomadas com celeridade e segurança.

Com a retomada do projeto, prevê-se um impulso significativo para a economia, criando postos de trabalho, dinamizando uma cadeia de abastecimento local e fortalecendo a posição de Moçambique no mercado regional de gás natural, com impacto positivo na balança comercial e na atração de investimento externo.

Texto: Florença Nhabinde

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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