Cláudio Castro destacou a falta de apoio da União no enfrentamento ao crime organizado no Rio de Janeiro Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/NDO governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criticou o governo federal após a realização de uma megaoperação das forças de segurança do estado contra o Comando Vermelho.
Durante coletiva de imprensa, Castro declarou que “o Rio está completamente sozinho nessa luta hoje”, destacando a falta de apoio da União no enfrentamento ao crime organizado. Segundo ele, “é fácil criticar” o estado quando o governo “está excedendo sua competência”. O governador completou: “Se tiver que exceder, excederemos mais ainda para proteger a população”.
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Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Castro afirmou que a ação é maior do que a de 2010, quando o estado implantou as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Ele também lamentou a ausência de cooperação federal nas operações de segurança durante sua gestão.
Victor Santos, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, também em coletiva, afirmou que “sozinho ninguém consegue fazer nada. Não existe um plano mágico para isso. Os esforços têm que ser de todos os entes da federação: município, estado e União”. Ele destacou que o Estado vem assumindo o combate ao crime organizado sozinho há anos e reforçou a necessidade de que prefeitura, Estado e União se sentem à mesa sem ideologia para ouvir os técnicos e profissionais que estão na linha de frente da segurança pública.
A megaoperação no RJ contra o CV mobiliza 2,5 mil agentes contra o Comando VermelhoFoto: Reprodução/ND MaisMegaoperação com dezenas de mortos e presos no Rio de Janeiro
Uma grande ação conjunta entre a Polícia Civil e a Polícia Militar transformou a manhã desta terça-feira (28) em um cenário de guerra na zona Norte do Rio de Janeiro. A Operação Contenção, deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, teve como objetivo frear o avanço territorial do CV (Comando Vermelho) e prender lideranças da facção.
Imagens obtidas pela CNN Brasil mostram ruas tomadas por fumaça, sons constantes de disparos e até tiros cruzando o céu. Moradores relataram medo e correria em meio aos confrontos. A polícia confirmou que criminosos chegaram a usar drones para lançar granadas durante a troca de tiros.
Até o momento, de acordo com informações das autoridades, 81 pessoas foram presas e 22 mortes foram registradas, sendo 20 suspeitos de envolvimento em crimes e dois policiais civis.
*Com informações de UOL