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O furacão Melissa, um dos mais fortes já registrados no Atlântico, atingiu a Jamaica na manhã desta terça-feira (28) com ventos sustentados de até 300 km/h, causando destruição em larga escala, inundações e apagões em diversas regiões do país.
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o olho do furacão começou a cruzar o território jamaicano nas primeiras horas do dia, marcando oficialmente o início do impacto direto da tempestade. A pressão no centro do sistema chegou a 892 milibares, o que coloca Melissa entre os três furacões mais intensos já observados no Atlântico, empatando com o devastador furacão do Dia do Trabalho de 1935.
Antes mesmo de tocar o solo, Melissa já havia deixado ao menos seis mortos — três na Jamaica e três no Haiti, durante os preparativos para o avanço do sistema. Autoridades alertam que o número de vítimas pode aumentar nas próximas horas.
As chuvas torrenciais começaram a cair ainda na madrugada, e o NHC prevê entre 500 e 750 milímetros de precipitação em várias regiões da ilha, o que eleva o risco de enchentes e deslizamentos de terra, especialmente nas áreas montanhosas, como a Serra Blue Mountain.
O primeiro-ministro Andrew Holness havia ordenado evacuações obrigatórias nas áreas costeiras e de risco, mas parte da população resistiu a deixar suas casas. Estima-se que cerca de 50 mil pessoas possam ficar desabrigadas.
“Estamos diante de uma tempestade capaz de reestruturar a Jamaica por anos”, alertou o CNN Weather Center, destacando que Melissa avança lentamente — a cerca de 11 km/h — o que aumenta o potencial destrutivo das chuvas prolongadas.
O país enfrenta apagões generalizados: cerca de 240 mil pessoas, equivalentes a 35% dos clientes da Jamaica Public Service, estão sem energia elétrica. Hospitais nas regiões de Manchester e St. Elizabeth já operam com geradores.
Além dos ventos extremos, o NHC prevê marejadas de até 4 metros na costa sul da Jamaica, com risco de inundação de hospitais e infraestrutura portuária.
Após cruzar a ilha, Melissa deve seguir em direção ao leste de Cuba e ao sudeste das Bahamas, mantendo-se como um furacão de categoria 5, alimentado pelas águas excepcionalmente quentes do Caribe.
O Esquadrão 53 de Reconhecimento Meteorológico da Força Aérea dos EUA, conhecido como “Caçadores de Furacões”, sobrevoou o sistema na segunda-feira para coletar dados cruciais sobre a intensidade e a trajetória da tempestade. Segundo os especialistas, Melissa é “um furacão histórico que representa uma ameaça sem precedentes à Jamaica e ao Caribe”.
