Potentes explosões sacudiram a cidade de Kiev na madrugada deste sábado (27, data local), em um momento de extrema tensão militar e diplomática. As autoridades ucranianas emitiram alertas urgentes, advertindo que a capital estava sob ameaça iminente de um ataque coordenado com mísseis e drones russos. O alerta aéreo, que se estendeu por todo o território nacional, foi acionado pouco depois das 2h locais, mobilizando as defesas antiaéreas em diversas regiões estratégicas.

A Força Aérea da Ucrânia confirmou em seus canais oficiais a movimentação intensa de projéteis e veículos aéreos não tripulados direcionados ao coração do país. Relatos de jornalistas no local indicam que ao menos duas grandes ondas de explosões foram ouvidas em um intervalo de meia hora, iluminando o céu da capital e forçando a população a buscar refúgio em abrigos subterrâneos.

Defesa Aérea

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, utilizou o Telegram para informar que as forças de defesa aérea operavam em capacidade máxima para interceptar os alvos inimigos. “Por favor, permaneçam em locais seguros! O inimigo está atacando a capital”, declarou Timur Tkatchenko, chefe da administração militar local, reforçando a gravidade da incursão russa nesta madrugada.

A ofensiva ocorre em um período em que a infraestrutura energética da Ucrânia costuma ser alvo prioritário para desestabilizar o país durante o inverno.

Este novo ataque acontece enquanto o presidente Volodimir Zelensky finaliza os preparativos para uma viagem crucial à Flórida. No próximo domingo, Zelensky deve se encontrar com o presidente americano Donald Trump para discutir o futuro do apoio militar dos Estados Unidos e os contornos de um possível acordo que ponha fim às hostilidades, que já duram quase quatro anos.

Veja Também

Diplomacia sob pressão

Apesar da escalada de violência em solo ucraniano, as negociações de bastidores ganharam novo fôlego nas últimas semanas. O foco das conversas é o plano de paz articulado por Donald Trump, que inicialmente gerou ceticismo entre aliados europeus e o próprio governo ucraniano por ser visto como excessivamente favorável aos interesses do Kremlin.

Em resposta, Zelensky apresentou nesta semana uma contraproposta que busca um meio-termo estratégico. A nova versão do plano prevê o congelamento imediato da linha de frente atual, mas sem a cessão formal e imediata das áreas reivindicadas pela Rússia. Atualmente, as tropas de Vladimir Putin ocupam cerca de 19% do território ucraniano, e o impasse territorial continua sendo o maior obstáculo para um cessar-fogo duradouro.

Source link

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *