Foi registada, esta terça-feira, a maior erupção solar do ano. O fenómeno provocou o aparecimento de vistosas auroras boreais, mas também a disrupção de comunicações por rádio.
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Uma grande erupção solar atingiu a Terra nas últimas 24 horas. Foi a erupção mais forte registada em todo o ano de 2025, até ao momento. O pico da erupção solar aconteceu esta terça-feira, de acordo com a publicação online especializada Space. Foi, de resto, emitido um alerta de tempestades solares severas.
A previsão da Administração Nacional do Oceano e da Atmosfera, dos EUA, era que estas rajadas de energia atingissem a Terra durante a última noite de terça-feira e já na madrugada desta quarta-feira. E não falharam. Como efeito da tempestade solar, apareceram nos céus fortes e coloridas auroras boreais.
As auroras boreais foram avistadas em zonas mais a sul do hemisfério, habitualmente não contempladas pelo fenómeno, incluindo mesmo Portugal.
Também em Espanha ou na Suíça, por exemplo, as auroras foram bem visíveis.
As auroras são formadas quando partículas carregadas de radiação solar interagem com a atmosfera terrestre.
Como avistar uma aurora boreal?
O sol encontra-se no pico de atividade máximo de um ciclo de 11 anos, o que torna as auroras boreais mais comuns e leva-as a lugares habitualmente pouco expectáveis, mais longe dos polos.
Se ainda não foi desta que conseguiu ver as auroras, não desanime. É esperado que o pico de atividade solar se mantenha pelo menos até ao final do ano, pelo que pode vir a ter mais hipóteses de avistá-las nos próximos tempos.
Para tal, é recomendado procurar zonas altas e escuras, longe das luzes das cidades. Há aplicações e sites especializados que ajudam a encontrar os melhores locais. E há que ter em conta que, em noites muito nubladas, o espetáculo poderá ficar escondido pelas nuvens.
Falhas nas comunicações por rádio
A tempestade teve, apesar de tudo, outros efeitos menos atrativos. Segundo a Space, provocou fortes falhas de comunicação por rádio em África e na Europa, interrompendo as comunicações por rádio de alta frequência no lado da Terra que estava iluminado pelo Sol.
A colisão de partículas em alta velocidade com o campo magnético da Terra tem a capacidade de afetar comunicações por rádio e GPS e de perturbar temporariamente a rede elétrica, com o controlo de tráfego por rádio e satélites em órbita.
As explosões solares são classificadas em cinco categorias, conforme a força das mesmas – as de classe X, como a que aconteceu esta terça-feira, são as mais fortes. Enviam uma onda de raios-X e radiação ultravioleta em direção à Terra, o que ioniza a atmosfera e causa uma degradação dos sinais de rádio.
