“Vários drones, objetos não identificados, comunicações bloqueadas e explosões em várias embarcações”, alertou a Global Sumud Flotilla nas redes sociais ao início da madrugada de quarta-feira. Quando as dezenas de embarcações com ajuda humanitária navegavam ao largo da Grécia com destino à Faixa de Gaza, os ativistas foram surpreendidos pelos ataques vindos dos drones que têm sobrevoado a flotilha nos últimos dias. Este ataque surge horas depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita ter acusado a missão humanitária de ser organizada pelo Hamas e reiterar que o governo de Netanyahu não irá permitir a aproximação da flotilha à Faixa de Gaza.
Num vídeo publicado nas redes sociais, Mariana Mortágua dava conta de cinco ataques, com drones a lançarem dispositivos que provocaram explosões em várias embarcações. Mais tarde a contagem foi atualizada para sete barcos atingidos, tendo um deles ficado danificado.
“Estamos em estado de alerta e com o protocolo de segurança ativado”, afirmou a coordenadora do Bloco de Esquerda, denunciando a “estratégia de intimidação para travar a ajuda humanitária”.
“Mas isso não vai acontecer”, prometeu Mariana Mortágua, pois “estamos dentro do direito internacional e temos direito a uma passagem segura para levar ajuda até Gaza”. A coordenadora bloquista renovou o apelo para que haja pressão sobre os governos de cada país e o de Israel para proteger a missão humanitária.
“Qualquer ataque que seja feito a estes navios em águas internacionais é uma violação clara da lei internacional”, concluiu.