Israel intensifica bombardeios em Gaza City, resultando em 42 mortes em um único dia. A ofensiva militar, que visa tomar a cidade, ocorre em meio a discussões sobre um cessar-fogo. A ONU alerta para uma crise humanitária, com 289 mortes por desnutrição desde o início do conflito.
A situação em Gaza City se deteriora rapidamente, com ataques aéreos e bombardeios de tanques atingindo os subúrbios leste e norte. Explosões constantes foram ouvidas em áreas como Zeitoun e Shejaia, enquanto o Exército israelense foca em desmantelar túneis do Hamas. A população, já exausta, enfrenta um dilema: fugir ou permanecer em casa.
Cerca de 2 milhões de pessoas vivem em Gaza, e muitos já deixaram suas casas, levando poucos pertences. Mohammad, um residente, expressou sua angústia: “Não há lugar seguro, mas não posso arriscar ficar. Se a invasão começar, o fogo será intenso.” Outros, como Aya, afirmam que não têm recursos para deixar a cidade, mesmo com o aumento dos bombardeios.
Crise Humanitária
A ONU declarou que a fome em Gaza é “totalmente criada pelo homem”, com a situação se agravando a cada dia. Especialistas afirmam que a fome pode ser revertida, mas alertam que a falta de um cessar-fogo impede a chegada de ajuda humanitária. O relatório da Integrated Food Security Phase Classification (IPC) destaca que a situação é crítica e que mortes evitáveis estão aumentando.
O Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, reafirmou a intenção de continuar a ofensiva, afirmando que Gaza City será “arrasada” se o Hamas não concordar em encerrar a guerra. Em resposta, o Hamas declarou que a estratégia de Israel demonstra falta de seriedade nas negociações de cessar-fogo.
Violência e Reações
Os ataques recentes resultaram em 42 mortes em um único dia, incluindo crianças. O Ministério da Saúde de Gaza informou que os bombardeios em áreas como Sabra e Jabaliya têm causado um número crescente de vítimas. Além disso, relatos indicam que quatro pessoas foram mortas enquanto buscavam ajuda alimentar em uma zona militar.
A comunidade internacional observa com preocupação o desenrolar dos eventos em Gaza, onde a violência e a crise humanitária se intensificam. As negociações para um cessar-fogo permanecem incertas, enquanto a população continua a sofrer com a escassez de alimentos e a insegurança.