Duas erupções de classe X em menos de seis horas provocaram falhas de comunicação em vários continentes; NASA e NOAA monitoram aumento da atividade solar.

O Sol registrou nesta terça-feira (4) duas poderosas erupções de classe X — o nível mais intenso na escala astronômica — em um intervalo inferior a seis horas, provocando apagões de rádio em diversas partes do planeta. O episódio reflete um novo pico de atividade solar dentro do atual Ciclo Solar 25, marcado por explosões e manchas cada vez mais frequentes na superfície da estrela.

A primeira erupção, classificada como X1.8, foi observada às 14h34 (horário de Brasília) na mancha solar AR4274 e causou interrupções de comunicação (nível R3) nas Américas do Norte e do Sul. A segunda, de classe X1.1, ocorreu às 19h02 em uma região do Sol ainda não visível da Terra, afetando transmissões sobre o Pacífico Norte, Nova Zelândia e partes da Austrália.

Auroras poderão ser vistas a partir desta quinta-feira

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), ambas as explosões lançaram ejeções de massa coronal (CMEs) — enormes bolhas de plasma e campos magnéticos. Embora nenhuma delas esteja totalmente voltada à Terra, suas bordas podem interagir com fluxos rápidos de vento solar, o que deve gerar tempestades geomagnéticas leves a moderadas (G1 a G2) entre quinta (6) e sexta-feira (7).

Essas tempestades poderão resultar em auroras mais intensas e coloridas nas regiões próximas aos polos. A NOAA estima 65% de probabilidade de novas erupções de classe M e 15% de classe X nos próximos dias, já que a mancha AR4274 permanece ativa e está girando em direção ao lado visível do planeta.

Ciclo solar atinge fase de máxima atividade

O Sol passa por um ciclo de cerca de 11 anos, no qual a atividade magnética cresce até atingir um pico de manchas e explosões. Atualmente, o astro vive o auge do Ciclo Solar 25, monitorado por agências como a NASA e a NOAA. Durante essa fase, o entrelaçamento das linhas magnéticas nas manchas pode liberar imensas quantidades de energia, originando as erupções solares.

Esses eventos são classificados em uma escala que vai de A a X, com base na intensidade dos raios-X liberados. Cada classe é dez vezes mais forte que a anterior — o que torna as erupções X as mais poderosas e potencialmente capazes de causar impactos em comunicações, redes elétricas e sistemas de navegação.

Fenômeno impressiona e preocupa cientistas

Imagens capturadas por observatórios espaciais da NASA mostram a liberação de jatos de plasma e a propagação das CMEs em direção ao espaço. Os especialistas alertam que, embora o risco direto à Terra seja baixo, os efeitos indiretos, como falhas de rádio e GPS, devem continuar ocorrendo enquanto o Sol permanecer em sua fase mais ativa.

O ciclo solar deve atingir seu ponto máximo entre o fim de 2025 e o início de 2026, período em que novas erupções intensas são esperadas.


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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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