“Este ato criminoso e cobarde”, que matou pelo menos oito pessoas e feriu 21, segundo o mais recente balanço, constitui uma das “tentativas desesperadas e repetidas de minar a segurança e a estabilidade e semear o caos” na Síria, referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado, no qual que prometeu “combater o terrorismo em todas as suas formas”.

Pelo menos oito pessoas morreram e 21 ficaram feridas numa explosão numa mesquita situada num bairro de maioria alauita da cidade síria de Homs, no oeste do país, disseram as autoridades locais, que nada adiantaram sobre a autoria da explosão.

O Ministério da Saúde sírio indicou que as vítimas encontravam-se na mesquita Imã Ali ibn Abitalib, no bairro de Wadi al-Dahab, de acordo com a agência de notícias estatal síria, SANA.

Por sua vez, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, destacou que a mesquita era frequentada por alauitas, indicou a agência de notícias EuropaPress.

Imagens publicadas pelos meios de comunicação sírios mostraram danos no interior da mesquita.

A agência de notícias France-Presse (AFP) avançou que, além da explosão na mesquita, foram registadas também outras duas explosões, mas sem adiantar pormenores.

Até agora, ninguém reivindicou a explosão na mesquita, continuando por confirmar a ocorrência de outras duas explosões.

Um morador do bairro, que pediu para permanecer anónimo por medo de represálias, disse à AFP que as pessoas “ouviram uma forte explosão” e que o “caos e o pânico” tomaram conta da zona.

“Ninguém se atreve a sair de casa e ouvimos as sirenes das ambulâncias”, acrescentou.

A SANA publicou imagens da mesquita, uma das quais mostra um buraco numa parede. Fumo negro cobria parte do edifício. Tapetes e livros estavam espalhados pelo chão.

A cidade de Homs, de maioria sunita, tem vários bairros habitados pela minoria alauita.

O ex-presidente Bashar al-Assad é oriundo daquela minoria. Al-Assa foi derrubado em dezembro de 2024 por uma coligação de grupos rebeldes islamistas sunitas liderada por Ahmad al-Sharah, atual Presidente interino da Síria.

Desde então, essa comunidade tem sido alvo de ataques.

Uma comissão de inquérito síria indicou que pelo menos 1.426 dos membros da comunidade alauita foram mortos durante confrontos em março entre as forças de segurança e homens leais a Bashar al-Assad no oeste do país.

O OSDH estimou o número de vítimas em mais de 1.700, sobretudo alauitas.

Leia Também: Cinco mortos e 21 feridos em explosão numa mesquita em Homs

Source link

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *