Até agora, os cientistas acreditavam que explosões desse tipo aconteceriam, em média, a cada 100 mil anos. Mas, com base em novos modelos computacionais, os pesquisadores calcularam que explosões potencialmente detectáveis podem ocorrer a cada dez anos, dentro do alcance dos atuais instrumentos de observação de raios gama.
O foco do estudo são os chamados buracos negros primordiais (PBHs, na sigla em inglês), formados logo após o Big Bang e com massas comparáveis às de asteroides.
Segundo a teoria da radiação de Hawking, formulada em 1974, buracos negros emitem lentamente partículas subatômicas até evaporarem por completo. A fase final desse processo seria marcada por uma explosão intensa, liberando enorme quantidade de energia e partículas fundamentais. A observação de tal evento confirmaria a existência dos buracos negros primordiais e forneceria evidências diretas da radiação.
O fenômeno também poderia revelar partículas além das previstas pelo Modelo Padrão da física, ampliando o entendimento sobre as origens do cosmos. Para explicar como essas explosões poderiam ocorrer no presente, os pesquisadores propuseram a existência de uma nova partícula: o chamado “elétron escuro”.