Funcionários da agência de gestão de emergências dos Estados Unidos (FEMA) acusam Donald Trump de sucatear órgão
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimiza a gravidade das mudanças climáticas. Na verdade, ele classifica a questão como uma “farsa”, promovendo ativamente o uso de combustíveis fósseis, além de ter retirado o país do Acordo de Paris e de ter revogado diversas políticas ambientais.
Por conta disso, quase 200 servidores públicos norte-americanos alertam que as medidas Casa Branca estão deixando os EUA em risco. Eles ainda observam que o governo não está preparado para lidar com um desastre natural.

Governo Trump reverteu avanços na área
- O posicionamento acontece na semana em que a tragédia do furacão Katrina completa 20 anos.
- O fenômeno extremo devastou Nova Orleans, na Louisiana, deixando 1.833 pessoas mortas e milhões de desabrigados.
- Os danos superaram a marca dos US$ 160 bilhões (mais de R$ 865 bilhões).
- Na época, a agência de gestão de emergências dos Estados Unidos (FEMA) foi bastante criticada pela resposta lenta e desorganizada.
- Um ano depois, o governo e o Congresso aprovaram uma reforma que deu maior autonomia ao órgão.
- Avanços que agora estão ameaçados pela política de Trump, segundo os funcionários.
- As informações são do G1.
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Demissões e falta de autonomia são problemas
Na carta enviada ao Congresso, os servidores públicos listam seis pontos que colocam o desempenho da agência em risco. Entre eles está o congelamento e corte de recursos, bem como as recentes demissões de funcionários.
O grupo ainda critica a falta de autonomia, alegando que agora é a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, indicada por Trump, que aprova todos os contratos acima de cem mil dólares. Segundo o documento, isso diminui a capacidade da FEMA de agir rapidamente em caso de necessidade.

O texto também aponta que os nomes indicados para o comando da agência não têm qualificação ou autoridade legal para os cargos, uma vez que não foram aprovados pelo Senado. E critica a pressão que funcionários sofreram para remover informações sobre mudanças climáticas de documentos públicos.
Apenas em 2025, um terço dos profissionais deixaram a FEMA. Em junho, Donald Trump chegou a dizer que fecharia a agência. Depois das inundações no Texas, que mataram mais de 130 pessoas, integrantes do governo mudaram o tom e passaram a falar em reformas.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.