Antes de ir à feira: saiba quais peixes marinhos acumulam mais mercúrio

Antes de ir à feira: saiba quais peixes marinhos acumulam mais mercúrio (Foto: Imagem gerada por IA)

Cuidado: o peixe saudável no seu prato pode esconder um perigo invisível. Embora seja uma fonte fantástica de ômega 3 e proteínas, um alerta de saúde pública acende um sinal amarelo para o consumo de certas espécies devido à contaminação por mercúrio, um metal altamente tóxico.

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Um amplo estudo da Agência de Segurança Alimentar da Espanha (Aesan) mergulhou fundo no problema, analisando dezenas de espécies de pescados e frutos do mar, frescos e enlatados. O objetivo era claro: mapear quais peixes apresentam os maiores níveis de contaminação e orientar o consumidor.

A “lista vermelha” dos peixes: quais evitar ou limitar

Os especialistas identificaram um padrão: peixes predadores, de grande porte e vida longa, estão no topo da lista de risco. Eles acumulam o mercúrio presente em peixes menores dos quais se alimentam.

A Aesan destaca as seguintes espécies como as de maior risco:

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  • Atum fresco (especialmente o vermelho)
  • Peixe-espada (ou Espadarte)
  • Cação (Tubarão)
  • Tintureira (Tubarão azul)
  • Cherne
  • Garoupa
  • Maruca

Por que o mercúrio é tão perigoso?

O mercúrio funciona como um veneno potente no organismo. Sua ingestão, mesmo em pequenas doses contínuas, pode causar danos neurológicos, cardiovasculares e imunológicos, muitas vezes irreversíveis. O pior é que os sintomas, como perda de memória e tremores, podem demorar a aparecer.

Alerta especial: grupos de alto risco

A atenção deve ser redobrada para certos grupos, nos quais o metal é particularmente prejudicial:

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  • Gestantes e lactantes: O mercúrio pode atravessar a placenta e passar pelo leite materno, afetando gravemente o desenvolvimento cerebral do bebê.
  • Crianças pequenas: Seus sistemas nervosos em formação são extremamente vulneráveis à toxicidade do metal.

Para esses grupos, a recomendação dos especialistas é evitar completamente o consumo dos peixes da “lista vermelha”.

Guia de consumo seguro: o que fazer?

Diante disso, a pergunta é inevitável: devo parar de comer peixe?

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A resposta dos especialistas é não. O segredo não é a exclusão, mas o consumo inteligente.

  1. Limite os peixes de risco: Para as espécies da lista acima, a recomendação para adultos saudáveis é um consumo muito esporádico, limitando a porções pequenas (no máximo 120g) uma ou duas vezes ao mês.
  2. Dê preferência aos peixes menores: Espécies como sardinha, manjuba, anchova, pescada e tilápia estão na base da cadeia alimentar, têm vida curta e, por isso, não acumulam níveis perigosos de mercúrio. São as escolhas mais seguras para o consumo regular.
  3. Varie o cardápio: Evite comer sempre o mesmo tipo de peixe. A variedade diminui o risco de exposição concentrada a qualquer contaminante.

Saber escolher o que vai ao prato é a melhor ferramenta para aproveitar todos os benefícios do peixe, protegendo sua saúde e a de sua família.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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