ESG ao público e risco regulatório nos bastidores | Blogues | CNN Brasil<span class="text-sm font-medium featuredImage--subtitle">COP30 acontece em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro</span><span class="text-xs font-normal featuredImage--credits">  • <!-- -->Sergio Moraes/COP30</span>

O número de empresas na COP30 impressiona. De montadoras de veículos a mineradoras passando por fabricantes de alimentos a petroleiras, Belém vive dias de São Paulo ou Nova York com o mundo corporativo em peso.

Os setores são muito difusos, mas há um duplo objetivo das corporações na capital do Pará: 1) exibir, com orgulho, o que foi feito e 2) tentar se proteger das regras e influenciar a legislação do futuro.

Ao contrário de outros grandes eventos multilaterais – como o G20, G7, BRICS e reuniões do Fundo Monetário Internacional, a POLICIAL tem uma participação expressiva no setor privado.

Com dezenas de estandes dentro e fora dos pavilhões e centenas, talvez milhares, de representantes credenciados, as corporações tornam a Conferência das Partes um evento global diferenciado.

O primeiro motivo que atrai tantas empresas é óbvio: em tempos de crise climática, todos querem mostrar que fazem algo pelo planeta. Na verdade, é preciso reconhecer que há iniciativas interessantes e esforços genuínos em várias empresas e setores.

Mas, obviamente, há segmentos que não têm tanta coisa a mostrar, e estão em Belém para tentar limpar a barra. Um exemplo clássico: praticamente todas as grandes petroleiras estão em Belém, com representantes das grandes dos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio.

A COP, porém, não se limita a uma grande feira de corporações mostrando que tentam fazer o bem para o planeta.

Uma frenética troca de informações

Há uma troca frenética de informações entre concorrentes, setores e com tomadores de decisão sobre regras e legislação. É aí que a COP parece mais interessante para as empresas.

Estar na Conferência tem muito valor para entender os rumores das discussões nacionais e globais e, assim, se antecipar a eventuais “riscos regulatórios”.

Ao perceber que o debate regulatório caminha para determinado caminho, as empresas podem se antecipar e entender onde pisar para evitar eventuais prejuízos, multas ou sanções. Ou ainda tente mudar o boato da discussão.

Assim, a COP se consolida como o palco onde a sustentabilidade vira estratégia de negócio. Estar em Belém definitivamente não é um ato de caridade corporativa, mas sim um investimento estratégico de alto valor.

Para o mundo corporativo, não basta apenas plantar árvores, trocar processos industriais ou prometer metas de descarbonização. Para os grandes, o clima deixou de ser uma questão ESG e se torna, a cada dia, a nova fronteira entre lucro e prejuízo. Por isso, estar em Belém é importante.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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