Duas manchas solares explodiram na terça-feira (17), gerando uma erupção solar de classe X1.2 – a mais intensa entre os tipos de erupção. O evento ocorreu às 18h49 (horário de Brasília) nas regiões ativas 4114 e 4115, voltadas para a Terra, e foi registrado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA. 

Viajando na velocidade da luz, a radiação liberada pela intensa erupção solar alcançou a Terra em poucos minutos, provocando um apagão de rádio de ondas curtas sobre o Oceano Pacífico, nas proximidades do Havaí. Segundo a plataforma Spaceweather.com, operadores de radioamador na região podem ter percebido perda de sinal em frequências abaixo de 25 MHz. 

Vamos entender:

  • O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade;
  • Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
  • Essas rajadas são explosões massivas do Sol, que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela e, em alguns casos, ejeções de massa coronal (CME);
  • As CMEs são imensas nuvens de plasma e campo magnético solar;
  • As erupções são classificadas em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
  • A classe X, no caso, denota os eventos de forte intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força;
  • Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente;
  • Se as CMEs são lançadas em direção à Terra, podem atingir a atmosfera do planeta e reagir com a magnetosfera, provocando tempestades geomagnéticas;
  • A depender da potência, essas tempestades podem ocasionar desde a formação de auroras até efeitos mais graves, como interrupções em sistemas de comunicação ou mesmo derrubar satélites em órbita.

Mais explosões solares de classe X podem estar por vir

Até o momento, não há sinais de uma ejeção de massa coronal (CME) ligada ao surto duplo, já que as explosões foram muito breves para lançar detritos solares. No entanto, a mancha 4114, grande e instável, possui um campo magnético de classe delta, capaz de gerar novas erupções de classe X. Entre domingo (15) e segunda-feira (16), ela já havia provocado várias erupções, incluindo eventos das classes M e C. 

Evento pode provocar show de luzes nos céus

A explosão solar mais intensa do domingo (classe M8.46) lançou uma ejeção de massa coronal (CME) em direção à Terra. Um dos flancos dessa nuvem de plasma pode atingir o planeta nesta quarta-feira (18), provocando uma tempestade geomagnética de classe G1, a mais fraca da escala. Esse tipo de tempestade costuma causar apenas efeitos leves, como pequenas oscilações na rede elétrica e nos satélites, além de auroras nos polos.

(Com informações do Olhar Digital)

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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