Em declarações à agência de notícias Safa, Ayman Abu Rahma, diretor do departamento de medicina preventiva do ministério, explicou que os novos ataques militares causaram um aumento significativo na disseminação de doenças infecciosas devido aos repetidos deslocamentos e ao colapso total do sistema de saúde.

Qualquer nova onda de deslocamento agravará o desastre sanitário na Faixa, em meio à crescente superlotação em abrigos e campos, o que aumenta a probabilidade de doenças e surtos epidêmicos, enfatizou.

Abu Rahma observou que crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis a esse problema.

Ele denunciou as difíceis condições de vida nos campos devido à falta de água potável, alimentos básicos e serviços de saneamento, o que contribuiu para a rápida disseminação de doenças.

Nesse sentido, destacou o aumento de casos de diarreia grave, que levou a inúmeras hospitalizações, apesar da grave escassez de medicamentos e produtos essenciais nos centros de saúde.

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Diante dessa situação, o especialista apelou à comunidade internacional para que tome medidas urgentes de apoio ao setor da saúde em Gaza, particularmente nas áreas de diagnóstico precoce e prestação de cuidados básicos de saúde às pessoas deslocadas.

Por sua vez, Ahmed Al-Farra, diretor do Departamento de Pediatria e Maternidade do Complexo Médico Nasser, afirmou que o mundo “deveria se envergonhar da fome sofrida pela população da Faixa de Gaza”.

Em declarações à imprensa, Al-Farra lamentou o aumento de doenças crônicas devido à falta de alimentos.

Ele revelou que cerca de 5.000 pacientes crônicos enfrentam desequilíbrios crescentes de açúcar no sangue devido à desnutrição e observou que o crescimento infantil está ameaçado pelo mesmo motivo.

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Publicado originalmente em Prensa Latina

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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