O risco de consumo de bebidas alcoólicas adulteradas é um tema sério que merece atenção redobrada, especialmente após casos recentes de contaminação. Para orientar os moradores de Varginha e região, o Blog do Madeira conversou com o engenheiro químico Luiz Carlos Vieira Guedes, profissional com ampla experiência e ligado ao Grupo Unis.
Luiz Carlos Guedes, que é Engenheiro Químico com Mestrado em Biotecnologia e Doutorado em Educação, atualmente Pró-Reitor Administrativo e Presidente do Conselho Curador do Unis, destaca a importância da cautela.
Quais bebidas têm maior risco?
Segundo o especialista, as bebidas mais suscetíveis à adulteração são as destiladas, ou seja, aquelas que passam por processos de fermentação e destilação.
Ele cita como exemplos de maior risco:
- Cachaça
- Gin
- Vodka
- Whisky
- Rum
A desconfiança deve começar pelo preço
O primeiro sinal de alerta, segundo o engenheiro químico, deve ser o valor. “O cuidado seria desconfiar de valores muito baixos para estas bebidas. Com exceção da cachaça, as demais têm valores mais elevados”, orienta Guedes.
Ademais, ele ressalta que é difícil identificar a adulteração apenas pelos sentidos: “os aspectos não são diferentes de bebidas adulteradas e as normais. Elas não ficam turvas ou mudam a aparência, e nem o odor é muito significativo na mudança”.
Como o consumidor pode se proteger
O consumidor deve focar na embalagem para evitar a contaminação:
- Verifique o Lacre: Tome o devido cuidado com o lacre da embalagem.
- Analise Rótulo e Embalagem: Observe o rótulo e o aspecto visual geral da embalagem, pois isso pode ajudar a criar uma desconfiança antes da compra.
- Em Bares e Restaurantes: Se estiver em um restaurante ou bar, o especialista recomenda ir a locais onde já está acostumado a frequentar. No entanto, ele alerta que essa não é uma regra geral, visto que casos graves de adulteração já ocorreram em ambientes bastante frequentados, inclusive em São Paulo.
P.S.: Luiz Carlos Vieira Guedes nasceu em Cachoeira Paulista em São Paulo. “Mas moro aqui por 21 anos. Tenho um título de cidadão varginhense, que me orgulho muito”.
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