Elo entra no mercado de créditos de carbono | Finanças A Elo prevê viabilizar 150 projetos até 2030, tokenizando aproximadamente 70 milhões de toneladas de CO2 por ano — Foto: Nattanan Kanchanaprat / pixabay

UM Elo começou a operar no mercado de créditos de carbono com ativos tokenizados gerado a partir de projetos de preservação florestal n / D Amazônia. Os créditos são comercializados pela Elo Ecoplataforma da empresa que utiliza tecnologia blockchain. A faz parte da estratégia da Elo de acelerar sua agenda ESG e diversificar receitas.

A plataforma replica a lógica dos arranjos de pagamento, aproximando compradores e vendedores de créditos do acompanhamento completo do ativo — desde o projeto de origem até as transações, incluindo etapas de validação jurídica, compliance e governança.

“O nosso DNA é sempre próximo do comprador do vendedor. Quando a gente começou a entender um pouquinho o contexto da liquidação de créditos de carbono, a gente viu que tinha uma necessidade do mercado de também organizar melhor essa estrutura de compras e vendas de créditos de carbono”, explica Eduardo Merighi, vice-presidente de tecnologia da Elo.

O sistema foi projetado para atender tanto empresas que buscam compensar emissões quanto instituições interessadas em incluir créditos de carbono em seus portfólios, embarcando a plataforma — uma solução que, neste início, tem sido mais procurada por instituições financeiras, mas que não se limita a elas.

Nessa fase inicial, a Elo firmou parceria com os desenvolvedores BR Carbono e Canoperesponsáveis ​​por projetos certificados na Amazônia, e mantém negociações com outros parceiros em processo de homologação. Cada crédito equivale à remoção ou não emissão de uma tonelada de CO2 da atmosfera.

Os ativos passam por um processo de diligência que inclui avaliação de certificados, padrões de mercado e um sistema próprio de classificação, visando conferir maior confiabilidade às transações. Com isso, a Elo consegue obter ratings aos créditos, de forma semelhante ao que ocorre com investimentos.

“A gente partiu de algumas indicações de projetos que já no nascente precisavam de uma boa qualidade. A gente olhou as certificações — as de ponta — padrões, classificações. Então a gente tem um filtro de óleo de projetos”, diz Andréia El Haber Limão, superintendente de sustentabilidade da Elo.

A operação com créditos de carbono é a primeira comercialização da Elo em blockchain, embora a companhia já tenha travado testes com a tecnologia em outras frentes, como o piloto do Drex, do Banco Central (BC), e um projeto de pagamentos offline realizado com a Caixa Econômica Federal.

R$ 25 bilhões em créditos até 2030

A Elo prevê viabilizar 150 projetos até 2030, tokenizando aproximadamente 70 milhões de toneladas de CO2 por ano. A estimativa da empresa é movimentar mais de R$ 25 bilhões em créditos até o fim da década — inclusive para o exterior, diante da crescente demanda global por compensação de carbono.

“A gente sabe que existe uma demanda global muito grande relacionada à compensação de carbono e que o Brasil, nesse sentido, se coloca realmente numa posição privilegiada no sentido de geração de créditos para serem compensados”, diz Merighi.

No longo prazo, a Elo pretende expandir o uso da plataforma para a tokenização de outros tipos de ativos, como financiamentos, imóveis e investimentos. “Essa é uma plataforma que, no final das contas, tokeniza ativos. A gente começou com os ativos de crédito de carbono justamente pela questão da sustentabilidade, que é um tema bastante importante aqui para a Elo”, diz Merighi. “No nosso ‘roadmap’, ainda sem dados planejados, a gente imagina que possa tokenizar outros ativos.”

A Elo tem acompanhado o movimento de outras empresas do setor, posicionando-se como empresa de tecnologia para meios de pagamento e valores agregados, em vez de apenas dispostos de cartões.

A Elo prevê viabilizar 150 projetos até 2030, tokenizando aproximadamente 70 milhões de toneladas de CO2 por ano — Foto: Nattanan Kanchanaprat / pixabay

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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