Eduardo Sá recorda acidente que o deixou em cadeira de rodas: "Acho que agravei a lesão por causa dos atos daquela pessoa"<div class="caption">Eduardo Sá</div><div class="credits">(Reprodução Instagram, DR.)</div>

O psicólogo partilhou o seu lado mais pessoal no programa ‘Alta Definição’.

Eduardo Sá

(Reprodução Instagram, DR.)

Eduardo Sá foi o entrevistado do programa Alta Definição, este sábado, 11 de outubro. Numa conversa intimista com Danilo Oliveira, o psicólogo deu a conhecer melhor o seu lado pessoal e registrou o acidente doméstico que o deixou em cadeira de rodas há cerca de quatro anos.

“Eu ensinei toda a minha vida o sistema nervoso e, portanto, quando eu desmaiei e tive o azar de quebrar a coluna, eu, naquele momento, percebi o que é que tinha em mãos. Fiquei absolutamente imóvel. Percebi perfeitamente o que é que tinha acontecido”começou por contar.

“Tive uma cólica biliar e em vez de ir desmaiando, como nos acontece, já me tinha acontecido muitas vezes, fiz uma síncope e caí a pique. Estava no quarto de banho e bati com as costas no bidé. Chamei o INEM, veio a Cruz Vermelha, fui super maltratado pela Cruz Vermelha, deixei-me cair várias vezes. Portanto, eu acho que agravei a lesão por causa… prefiro não adjetivar, dos atos daquela pessoa…”, explicado, em seguida.

Na sequência do acidente, Eduardo Sá foi encaminhado para o Hospital Universitário de Coimbra e gravou “dores absolutamente insuportáveis”.

Tive aquele pacote todo de cirurgias de sete, oito horas e acordei na enfermaria de pessoas que caíram e bateram com a cabeça. Era uma enfermaria indescritível, porque tinha pessoas agitadas, com episódios delirantes, às vezes, um bocado violento. A minha primeira ocorrência foi dizer que tive sorte. Se tivesse sido batido com a cabeça era uma tragédia. Mas eu tive a noção naquele momento do que eu faria com isto, porque eu mudaria toda a minha vida”referiu.

Questionado se passou a “relativizar mais as coisas” Após o acidente e seis meses internado, quatro dos quais sem ver os filhos, o psicológico acha que não. “Acho que estar vivo é uma experiência fascinante (…) Eu tive muitas experiências na minha vida que me ajudaram a perceber que a vida é uma coisa muito preciosa, que devemos tratar com alma e com delicadeza ao mesmo tempo”, destacado.

Eduardo Sá

(Reprodução Instagram, DR.)

Eduardo Sá continue afirmou “maravilhado com a vida”. “Não podemos permitir que os parvalhões deste mundo choquem de frente, ocupem a nossa vida e o parasitem e se achem importantes, porque dão mais importância a um formulário qualquer ou outras coisas do género”, salientou.

“Eu fiz questão de ter alta numa sexta-feira 13, uma parvoíce como outra qualquer. Aquela maneira de dizer ‘Pronto, se isto é uma questão de azar, vamos ver quem é que manda nisto’“, afirmou.

Apesar de uma mudança drástica na rotina diária, Eduardo Sá garante ter autonomia. “Eu não vivo em Coimbra, dou aulas na Universidade de Coimbra, dou aulas no ISPA, que agora é a Universidade Nova de Lisboa, e venho todas as semanas para Lisboa, sozinho”, contorno.

Em algumas coisas sou um bocadinho mais dependente. Depois disso tudo, acho que sou um bocadinho mais livre”notou ainda, assegurando que não se sente incapacitado. “Por isso, é que eu me divirto estar aqui ou me divirto a fazer conferências, a dar aulas ou consultas”completou.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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