SECRETARIAS DE SAÚDE DE SP, RJ E DF NEGAM HAVER REGISTRO DE INTERNAÇÕES; MINISTÉRIO DA SAÚDE EXPLICA QUE PRODUTO DE HIGIENE NÃO CAUSA CÂNCER, COMO DITO EM VÍDEO

O que estão compartilhando: que seis mulheres teriam sido internadas em estado grave em São Paulo, Brasília e no Rio de Janeiro por utilizarem absorventes contaminados com produtos químicos letais. Esses produtos seriam capazes de desenvolver câncer.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. As secretarias de Saúde de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Distrito Federal informaram não existir nenhuma denúncia ou registro de casos de contaminação de absorventes íntimos com substâncias químicas prejudiciais à saúde. O Ministério da Saúde ressaltou que não há comprovação científica que o uso de absorventes íntimos cause câncer.

Saiba mais: Com mais de 19 mil curtidas e 12 mil compartilhamentos no TikTok, o conteúdo divulga, de forma falsa e alarmista, uma contaminação de absorventes íntimos no Brasil. Mas as secretarias e o ministério da Saúde desmentiram o conteúdo.

A comercialização de absorventes higiênicos no Brasil é regulamentada por uma norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece regras para garantir a segurança e a qualidade desses produtos.

De acordo com a norma, os absorventes descartáveis devem ser feitos de fibras de algodão hidrófilo ou outros materiais absorventes que não contenham ingredientes farmacologicamente ativos. Absorventes externos podem conter fragrâncias ou inibidores de odores, mas esses aditivos não são permitidos em absorventes intravaginais.

Usar pomada contra assadura no absorvente não é recomendado por médicos e pode fazer mal

A Anvisa exige que os fabricantes garantam a segurança do produto acabado. Para isso, é necessário apresentar informações sobre a segurança de cada matéria-prima, laudos de inocuidade de fragrâncias e, no caso de absorventes intravaginais, testes de citotoxicidade e irritação da mucosa vaginal. Caso essas informações sejam insuficientes, o produto deve passar por ensaios de irritação cutânea e sensibilização dérmica.

A resolução também define limites microbiológicos rigorosos, proibindo a presença de bactérias e fungos. Além disso, o texto estabelece contagens máximas de microrganismos aeróbios e fungos por grama do produto.

A Agência Lupa também publicou uma checagem sobre esse assunto.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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