O escritor e quadrinista mineiro João Marcos Mendonça, acaba de lançar seu novo livro Doce amargo – Um relato em quadrinhos do maior desastre ambiental do Brasil, que está em pré-venda nas melhores lojas do ramo com lançamento para o fim de setembro. A obra narra sua própria realidade junto com sua família, em que a transformou o primeiro ano após o desastre em relato pessoal em quadrinhos.
Medo, caos, angústia e incerteza se misturam às promessas não cumpridas, e também aos pequenos acontecimentos do dia a dia, que ganham outro peso no cenário da maior tragédia ambiental brasileira. Era dia 5 de novembro de 2015, quando a barragem de rejeitos de minério de ferro, em Mariana (MG), se rompeu, a estrutura armazenava 55 milhões de metros cúbicos de resíduos, o equivalente a 21 mil piscinas olímpicas, que desceram pela natureza como uma onda de destruição.
Uma lama tóxica percorreu 660 quilômetros pelo Rio Doce, atingindo 38 municípios, matando pessoas, engolindo comunidades inteiras e lavouras, além de eliminar toda forma de vida em um dos rios mais importantes do país. O impacto chegou à foz, no Espírito Santo, e alcançou o oceano Atlântico, foi considerado a pior tragédia ambiental da história do Brasil.
Até hoje, a maior parte das vítimas segue sem reparação integral pelos danos causados com o rompimento da barragem. Atrasos em indenizações, reassentamentos incompletos e ausência de recuperação ambiental plena são aspectos que confirmam a trajetória lenta e desigual. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o acordo resultou de mediação que garantiu a livre manifestação das partes e o amplo acesso à informação.
por Priscila Visconti