TATUAGEM
Das cerca de 30 casas que fazem tatuagens e furam piercing em Cuiabá apenas três possuem alvará da Vigilância Sanitária (Visa) Municipal para funcionar. Por causa disso, há cerca de duas semanas, técnicos da Vigilância começaram uma operação nesses estabelecimentos para verificar se as condições sanitárias atendem as exigências legais. Cinco casas foram vistoriadas até semana passada. De acordo com o gerente da Vigilância, Divalmo Pereira de Mendonça, nenhum dos estabelecimentos visitados apresentou ambiente satisfatório do ponto de vista da saúde. Desorganização, procedimentos errôneos e assepsia inadequada estão entre os principais problemas levantados pelos técnicos sanitários. Divalmo explicou que além de usar produtos descartáveis como agulha, luvas e máscaras, todas as casas deveriam ter aparelho de esterelização dos equipamentos. Com essa finalidade, poderiam utilizar o autoclave (uma máquina que faz a desinfecção por meio do vapor, alta pressão e alta temperatura) ou a estufa. Mas além da ausência, em alguns casos, os técnicos constataram que nos locais onde havia algum desses equipamentos o uso estava sendo incorreto. O gerente da Visa observou que o erro principal era a falta de um sistema de medição da temperatura. Conforme Divalmo, não dava para saber se o aparelho estava funcionando no grau necessário para fazer a esterilização. Um outro problema verificado, considerado grave, é a falta de estrutura adequada à higiene pessoal do tatuador. Por isso, é necessário que o ambiente tenha uma pia com água corrente e detergente para que o profissional possa fazer a higiene das mãos a cada procedimento. As cinco casas vistoriadas foram notificadas e num prazo de 10 dias, a contar da data da visita, devem atender as recomendações da Vigilância, sob pena de serem multadas e fechadas. TATUAGEM OU PIERCING – Só através do rigoroso cumprimento dos procedimentos de biossegurança é possível evitar os perigos da contaminação presentes durante o processo de tatuar ou de perfurar. Como por exemplo, a contaminação cruzada, que ocorre quando o tatuador pega com a luva suja de sangue o tubo de tinta que está usando. Esse simples toque pode deixar um foco de contaminação para o próximo ao cliente, porque o vírus da hepatite C, em contato com o ar, sobrevive até 72 horas. Portanto não se pode esquecer, o procedimento exige que a luva seja trocada toda vez que o tatuador ou o body piercer precisar manipular algum objeto ou instrumento, depois de iniciado o trabalho de tatuagem ou de perfuração (fonte: site da revista Tatuagens www.revistatatuagens.com.br).