Depois da preocupação com o metanol em bebidas destiladas, agora chegou a hora de ter cuidado até com a água mineral. Um homem de 50 anos foi hospitalizado após apresentar sintomas de intoxicação ao beber uma garrafa de água mineral possivelmente contaminada em Garça (SP).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O episódio ocorre semanas depois de uma série de casos de envenenamento por metanol em bebidas destiladas, que deixaram mortos em diferentes estados, e reforça a crise de confiança nos controles sanitários do país.
O caso em Garça
Alexandre Carpine, de 50 anos, contou que pegou duas garrafas lacradas de água da marca Mineratta na geladeira do trabalho, na sexta-feira (10). “Assim que dei os primeiros goles, senti algo estranho. Achei que era uma água com gás muito ruim, que estava no lugar errado”, relatou ele ao portal g1.
Minutos depois, começou a sentir forte queimação na garganta e vômitos com sangue. Ele foi levado para a UPA de Garça, onde recebeu atendimento emergencial. Uma enfermeira que manuseou a garrafa também teve queimaduras nas mãos, segundo a Polícia Civil.
Exames mostraram queimaduras no esôfago e no estômago, o que exigiu alimentação por sonda. Alexandre segue em recuperação e já recebeu alta, segundo a Prefeitura de Garça. “No geral, estou bem melhor”, afirmou à imprensa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Investigação e apreensão do lote
A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária recolheram todas as garrafas do mesmo lote (253.1), com data de fabricação em 10/09/2025 e validade até 10/09/2026. A água havia sido engarrafada em uma fábrica de Pinhalzinho (SP) e distribuída a um comerciante de Garça.
O PREÇO DA GASOLINA VAI CAIR?
Em uma primeira vistoria, não foram encontradas irregularidades aparentes na linha de produção, mas as perícias laboratoriais seguem em andamento. Ainda não é possível determinar em qual etapa ocorreu a contaminação.
Além de Alexandre, uma mulher também apresentou sintomas leves após consumir a mesma marca. Ela recebeu atendimento médico e foi liberada.
O que dizem as empresas envolvidas
A DBG Distribuidora de Bebidas Garça, responsável pela distribuição local da água Mineratta, informou em nota que acompanha a recuperação da vítima e colabora com as investigações.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo a empresa, o lote 253-1 foi inspecionado e não apresentou alterações químicas, visuais ou sensoriais, embora as duas garrafas ligadas ao caso sigam sob análise das autoridades.
Já a empresa responsável pelo envase, sediada em Pinhalzinho, afirmou que mantém rígidos controles de qualidade e que realiza o envase de várias marcas do mercado. A companhia disse ao g1 estar prestando apoio à vítima e colaborando com as autoridades sanitárias e policiais.
A Secretaria de Saúde de Garça orientou a população a não consumir a água Mineratta do lote 253.1 até a conclusão dos laudos.
Segundo o secretário Pedro Scartesini, foi confirmada a presença de uma substância contaminante, mas ainda não há detalhes sobre a composição química. O lote foi recolhido e segue sob custódia da Vigilância Sanitária.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Nas últimas semanas, diversos estados registraram casos de intoxicação por metanol em bebidas destiladas adulteradas, especialmente em cachaças e vodcas artesanais, resultando em pelo menos cinco mortes e dezenas de hospitalizações.
As ocorrências levaram a operações de fiscalização e apreensão de bebidas pelo Ministério da Justiça e pela Anvisa, mas o novo episódio mostra que a fragilidade na cadeia de controle ultrapassa o setor alcoólico.
Agora, até a água mineral entrou na lista de produtos sob suspeita, mas não se sabe se há relação com os casos recentes. A investigação busca identificar se houve falha humana, contaminação acidental ou adulteração criminosa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE