Para quem não sabe, peixes contaminados por mercúrio representam um risco à saúde. Isso porque esse metal pesado pode se acumular no organismo ao longo do tempo, causando muitos danos.
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E, em abril de 2024, a Vigilância Sanitária acabou identificando um verdadeiro problema de contaminação de peixes e pescados em São Luís, no Maranhão, alarmando até mesmo a Anvisa.
Conforme apurado pelo TV FOCO, a partir de informações dos sites Agência Brasil, Bori Agência e Extra Manaus, ainda em 2025 o caso ecoa no país e traz um alerta máximo à população.
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Contaminação com mercúrio
Como mencionamos, o mercúrio é um metal extremamente tóxico, e ao ser acumulado no corpo humano, pode acarretar uma série de problemas a saúde
A exposição ao mercúrio, especialmente na forma de metilmercúrio, afeta principalmente o sistema nervoso, podendo causar problemas de memória, coordenação motora, visão e audição.
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Além disso, gestantes e crianças acabam sendo mais vulneráveis, já que o mercúrio pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro do feto e da criança.
Destacando que, a intoxicação grave por mercúrio pode causar falência de órgãos, convulsões, coma e, em situações extremas, ser fatal, ou seja, pode até mesmo levar à morte.
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Descoberta em peixe e pescados
A descoberta alarmante se deu após um estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com o Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), expor a situação.
No estudo publicado na revista Anais da Academia Brasileira de Ciências, os pesquisadores analisaram cerca de 125 peixes, de 9 espécies, vendidos em feiras e no mercado n° 1 de pescados de São Luís (MA).
De acordo com a pesquisa, os níveis médios de mercúrio nos peixes estavam abaixo do limite máximo permitido (0,5 mg/kg). Contudo, a longo prazo, poderiam representar graves riscos, como explicamos.
Entre as espécies de peixes avaliadas, as que mais chamam a atenção pela presença de mercúrio são justamente as carnívoras, como a pescada-amarela e a corvina.
De acordo com os pesquisadores, os níveis médios encontrados foram de 0,296 mg/kg e 0,263 mg/kg, respectivamente, valores que acendem um alerta.
Segundo o engenheiro de pesca Moisés Bezerra, um dos responsáveis pelo estudo, o risco não está em um consumo ocasional, mas sim na frequência com que esses peixes aparecem no prato:
“Peixes carnívoros se alimentam de outros peixes e, por isso, concentram mercúrio em níveis mais elevados. Isso exige atenção sobre a frequência de consumo, especialmente em populações que têm o pescado como base da dieta”.
Com base nesses achados, o estudo recomendou algumas restrições importantes. Para um adulto com cerca de 65 kg, o ideal seria não ultrapassar quatro refeições por mês com pescada-amarela.
Já no caso das crianças, a recomendação é ainda mais rígida. De acordo com o estudo, o indicado seria de no máximo uma refeição mensal com esse peixe.

Projeto de Lei sobre monitoramento de metais pesados
Diante desse problema, o deputado estadual Carlos Lula (PSB) propôs o Projeto de Lei 227/2025, que cria a Política Estadual de Monitoramento de Metais Pesados em ambientes marinhos e pescados.
A proposta prevê análises periódicas da presença de mercúrio, chumbo e níquel na costa e em produtos vendidos no estado, com fiscalização a cargo do governo estadual.
A contaminação está ligada à queima de carvão mineral, que libera metais pesados nas águas da Baía de São Marcos. Especialistas defendem a urgência da aprovação da lei para proteger a saúde da população e os ecossistemas marinhos.
Quais os riscos de contaminação com chumbo?
Assim como o mercúrio, a exposição ao chumbo pode causar danos neurológicos, principalmente em crianças, afetando o desenvolvimento, o aprendizado e o comportamento.
Também pode provocar pressão alta, problemas renais, anemia e redução da fertilidade. Em gestantes, aumenta o risco de abortos e partos prematuros.
O chumbo entra no corpo por meio de alimentos, água, poeira ou utensílios contaminados, e se acumula no organismo com efeitos tóxicos a longo prazo.
Considerações finais
- Em resumo, em 2024 um estudo sobre a presença de mercúrio em peixe e pescados em São Luís, no Maranhão, acendeu um grande alerta sanitário.
- Isso porque, por mais que os peixes estivessem com o nível abaixo do limite, a longo prazo esse metal se acumula no corpo, acarretando graves problemas de saúde.
- Ademais, a situação está sendo vista com bastante seriedade, tanto que, agora em 2025, um Projeto de Lei está sendo discutido para que haja um monitoramento de metais pesados em pescados.
- Ademais, toda população deve estar atenta ao que consome, buscando sempre produtos de qualidade e com procedência.
- Além disso, órgãos como a Anvisa e as Vigilâncias Sanitárias estão sempre atentos a esses casos.
Por fim, veja: ANVISA faz comunicado urgente às donas de casa que consomem castanha
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