Em 2025, uma equipe internacional de astrônomos anunciou a identificação de um fenômeno cósmico sem precedentes, registrado durante a análise de dados antigos de observatórios terrestres e espaciais. O evento, que se destacou por sua intensidade e duração, foi classificado como um novo tipo de explosão astronômica, batizado de “transitório nuclear extremo“. Esse achado desafia os modelos atuais sobre o comportamento de estrelas massivas e buracos negros supermassivos no centro das galáxias.

O fenômeno foi detectado durante uma investigação de arquivos públicos de observação do céu, com foco em regiões centrais de galáxias distantes. A equipe, liderada pelo pesquisador Jason Hinkle, observou que a energia liberada superava em muito a de explosões já conhecidas, como supernovas e eventos de interrupção de maré. O brilho persistente e a magnitude energética levaram os cientistas a propor uma nova classificação para esse tipo de ocorrência.

O que diferencia um transitório nuclear extremo?

Os transitórios nucleares extremos, ou ENTs, apresentam características que os distinguem de outros fenômenos astronômicos. Enquanto supernovas costumam durar semanas e liberam energia equivalente à vida de uma estrela comum, os ENTs permanecem visíveis por anos e irradiam energia muito superior. Além disso, esses eventos não se encaixam nos padrões dos chamados eventos de espaguetificação, nos quais uma estrela é esticada e destruída por um buraco negro.

De acordo com as análises, o ENT identificado em 2016 e 2018 liberou energia suficiente para igualar a produção vitalícia de cem estrelas em apenas doze meses. Essa quantidade de energia é cerca de 25 vezes maior do que a registrada na mais poderosa explosão estelar conhecida até então. O fenômeno foi observado graças à combinação de dados de diferentes telescópios e sondas espaciais, o que permitiu acompanhar sua evolução ao longo dos anos.

Como os ENTs são detectados e estudados?

A detecção de um transitório nuclear extremo envolve a análise detalhada de grandes volumes de dados astronômicos, provenientes de missões espaciais como a sonda Gaia e de observatórios em solo. Os pesquisadores buscam padrões de brilho incomuns e eventos que persistem por períodos prolongados. Uma vez identificado um possível ENT, são utilizados diferentes instrumentos para monitorar sua luminosidade e espectro, confirmando que se trata de um fenômeno distinto de supernovas ou explosões de raios gama.

Descoberta cósmica inesperada pode mudar tudo que sabemos sobre galáxias
Explosão de partículas de poeira, efeito de raio de luz. – Créditos: depositphotos.com / koko-tewan
  1. Coleta de dados de observatórios e sondas espaciais.
  2. Identificação de eventos com brilho acima do esperado.
  3. Monitoramento contínuo para verificar a duração e intensidade.
  4. Análise espectral para distinguir de outros fenômenos conhecidos.
  5. Publicação dos resultados e comparação com registros anteriores.

Por que a descoberta dos ENTs é relevante para a ciência?

A identificação dos transitórios nucleares extremos abre novas possibilidades para o estudo do universo profundo. Como esses eventos são extremamente luminosos, podem ser observados a distâncias muito grandes, permitindo aos astrônomos investigar épocas remotas da história cósmica. Além disso, os ENTs oferecem pistas sobre a interação entre estrelas massivas e buracos negros supermassivos, processos fundamentais para a evolução das galáxias.

Com a chegada de novos telescópios, como o Vera C. Rubin, previsto para entrar em operação em junho de 2025, e o Telescópio Espacial Roman, com lançamento programado para 2027, espera-se que muitos outros ENTs sejam identificados. Esses instrumentos prometem ampliar o conhecimento sobre a formação de estruturas cósmicas e o papel dos buracos negros no universo primitivo, tornando os transitórios nucleares extremos um tema central na astronomia contemporânea.



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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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