A nova série documental da Netflix, Desastre Total Cruzeiro do Cocô, voltou os olhos para um dos episódios mais bizarros do turismo marítimo moderno: o desastre sanitário a bordo do navio Carnival Triumph, em 2013. Apelidado pelo público e pela imprensa de “Poop Cruise” (ou, livremente, “Cruzeiro do Cocô”), o caso é o tema do episódio desta semana, e revela com detalhes como uma viagem paradisíaca virou um pesadelo repleto de excrementos, mau cheiro, pânico e caos generalizado no meio do Golfo do México.
O Carnival Triumph partiu de Galveston, no Texas, rumo à ilha mexicana de Cozumel com cerca de 4 mil pessoas a bordo. Prometia quatro dias de luxo em alto-mar, com cassinos, bares e festas. Mas no dia 10 de fevereiro, um incêndio no compartimento dos geradores danificou os sistemas elétricos da embarcação. O resultado foi catastrófico: sem propulsão e sem energia, os sistemas de água e esgoto pararam de funcionar. A bordo, passageiros foram instruídos a urinar nos chuveiros e defecar em sacos plásticos deixados nos corredores. Tudo isso é mostrado em Desastre Total Cruzeiro do Cocô.
Caso de Desastre Total Cruzeiro do Cocô é um dos mais bizarros já vistos

Desastre Total Cruzeiro do Cocô dá voz a passageiros e membros da tripulação. Entre os entrevistados estão Devin, um jovem que tentava impressionar o sogro em sua primeira viagem em família, Larry e Rebekah, pai e filha em busca de reconexão após um divórcio, e três amigas que estavam comemorando uma despedida de solteira. Cada um relata o impacto do desastre em suas vidas — alguns com humor, outros com traumas visíveis.
Os tripulantes também ganham destaque, como a diretora de cruzeiro Jen e o chef Abhi, que fizeram de tudo para manter a moral dos hóspedes. Mas sem banheiros, comida limitada e com o navio à deriva por dias, o clima a bordo rapidamente virou de tensão para desespero. A tentativa da equipe de servir bebidas alcoólicas como forma de distração acabou em brigas, cenas constrangedoras e caos total.
A embarcação foi rebocada até Mobile, no Alabama, onde chegou no dia 14 de fevereiro. Apesar dos pedidos de indenização, a justiça não responsabilizou a Carnival Cruise Line, que, nos contratos de embarque, não garantia condições sanitárias adequadas — cláusula que foi posteriormente removida após repercussão negativa.
Desastre Total Cruzeiro do Cocô revela como um cruzeiro de luxo pode virar uma aula prática de sobrevivência… com direito a sacos vermelhos de emergência e corredores inundados de esgoto.
