Das várias maneiras para se atingir o desastre na segurança pública, a inação do Estado é a mais antiga; a letalidade de uma megaoperação policial, a mais rentável politicamente; e a escolha de Guilherme Derrite como relator de uma mágica legislativa, a mais rápida.

Os textos alternativos de Derrite ao projeto antifacção do governo Lula foram ficando obsoletos antes de ficar prontos. Em seis dias, o deputado apresentou um, dois, três, quatro relatórios. Tomou tiro até dos aliados. Formou-se um inusitado coro pró-adiamento. Nele, soaram as vozes do governo, da facção bolsonarista do centrão e dos governadores de direita.

Pressionado, Hugo Motta, o presidente da Câmara, adiou para terça-feira a votação que programara para esta semana. Derrite abandonou o plano de excluir a Polícia Federal das investigações. Desistiu de acenar para Trump com a equiparação de bandido com terrorista. Mas é criticado por cultivar ideias como a de descapitalizar a PF e dificultar o confisco de bens de criminosos.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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