Desde 2020, senadores e deputados federais conseguiram torrar mais de R$1,11 bilhão apenas com “ressarcimento de despesas”, que batizaram de “cota para exercício da atividade parlamentar”, o popular “cotão”. Essa criação malandra, na prática, multiplica os ganhos dos parlamentares, que podem ressarcir quaisquer despesas, do pãozinho de queijo aos aluguéis, propaganda, almoços e jantares, aluguel de jatinhos etc. Em cinco anos, o gasto cresceu mais de 42%, na Câmara e no Senado.
Os salários dos (muitos) assessores parlamentares, que não se queixam dos salários, estão de fora do “cotão”.
Cada deputado ou senador pode gastar um total de R$125 mil por mês para contratar assessores de livre escolha, sem concurso.
No Senado, o cotão já consumiu R$18 milhões em ressarcimentos para suas excelências, mas, calma, o ano ainda não acabou.
Os deputados federais não se importam em pisou na jaca sem piedade: em 2024, eles já tiveram R$209 milhões em despesas “ressarcidas”.
Lula e a sucessora, Dilma. Foto: Reprodução/Instagram
Fome por impostos: até renúncia fiscal despenca
A voracidade por impostos do governo Lula (PT) e Fernando “Malddad” Haddad fez até a renúncia fiscal do governo federal despencar em 2024, após crescimento estável. A renúncia fiscal é uma ferramenta do governo para incentivar setores e empresas estratégicos. A expectativa da equipe econômica é distribuir cerca de R$70,7 bilhões a grandes empresas a título de “renúncia fiscal”, R$109 bilhões a menos que em 2023.
Em 2022, último ano do governo Bolsonaro, foram concedidos R$194 bilhões em renúncias fiscais. Lula diminuiu para R$179 bilhões em 2023.
Entre 2020 e 2023, a Petrobras foi a maior beneficiária de renúncias fiscais federais, chegando a R$29,3 bilhões apenas em 2021.
Este ano, pela primeira vez desde 2020, a Petrobras não é maior beneficiária de renúncias fiscais do governo federal. É a GE Celma.
Poder sem Pudor

A dona da voz
Interventor em Minas, Benedito Valadares era apaixonado pela voz melodiosa de uma locutora de Belo Horizonte, como lembra o escritor Petrônio Souza. Mas se a voz era bonita, a moça era feia de dar dó. Como a paixão é cega, os assessores de Valadares resolveram promover um encontro da locutora com o fã ilustre. Foi um desastre: ao ser apresentado à moça, no Lacmè, antigo point político e cultural da cidade, a paixão de Valadares parece ter entrado em estado de choque. Tosco, ele apenas balbuciou: “É este fantasma que tem aquela voz maravilhosa?” A pobre locutora morreu com raiva do fã que preferia não ter conhecido.
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Os futuros presidentes da Câmara e Senado têm a difícil missão de negociar auto-contenção ao STF. Após anular prerrogativas e de legislar, só falta declarar o Congresso “inconstitucional”, passível de extinção.
O governo está tão quebrado que já vende títulos que prometem mais de 15% de retorno já em 2025. Cada mil reais rendem R$153 em um ano, aponta o simulador do Tesouro Direto. Imaginem bilhões.
Praticamente todas as ferramentas de conversão de moedas online apresentaram erros, após o Google virar alvo da Polícia Federal, na caçada a responsáveis imaginários pelos erros do governo.
O Banco Central torrou mais de US$30 bilhões (R$190 bilhões), desde o dia 19, para tentar conter a alta do dólar, após o fracasso do pacote fiscal e da verborragia do presidente e do ministro da Fazenda.
Frase do dia
Chamam de sorte, mas a gente sabe que é pura incompetência
Evair de Mello (PP-ES) lista dólar e juros altos, rombo nas estatais, dívida recorde etc. sob a gestão Lula
O governo Lula (PT) e o Banco Central se esforçaram para conter o dólar (e o noticiário), mas, segundo o Google Trends, a moeda americana está entre os assuntos mais buscados da internet no Brasil (número 8).
Lula (PT) recebeu o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito na sucessão de Arthur Lira (PP-AL), somente depois da reunião com o atual presidente, o maior eleitor da Câmara dos Deputados.
Tramitam no Congresso 26 medida provisórias assinadas por Lula. Duas delas estão na agenda inicial de problemas dos futuros presidentes da Casa: irão trancar a pauta antes do fim de fevereiro.
Sem Lei Orçamentária sancionada pelo presidente Lula ainda em 2024, o Poder Executivo só está autorizado a realizar despesas consideradas essenciais ou obrigatórias. Até o Congresso discutir e aprovar a lei.
…após se espantar com as leis de mercado, só falta a AGU acionar a Polícia Federal para apurar quem está por trás da lei da gravidade.