Imagens aéreas revelam que espaços que deveria obedecer a rigorosos protocolos sanitários, encontra-se em condições precárias, funcionando como um foco potencial de contaminação e disseminação de doenças.

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Imagens gravadas na última, sexta-feira, 12, revelam cenário preocupante dentro do perímetro hospitalar do Hospital de Iguatu com sinais de abandono da principal unidade de saúde do município. Além de denúncias já existentes na qual foram feitas através dos canais do Jornal Revista Ceará, o que se constata é ainda mais preocupante: “Há presença de ratos e baratas, colchões velhos e rasgados impróprios para uso hospitalar, além de um ambiente insalubre que coloca em risco direto pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde”.

Segundo denúncias dos próprios profissionais ouvidos pelo Jornal, a situação, por exemplo, da sala isolada destinada ao recebimento do lixo hospitalar, é o que mais agrava o cenário de colapso. O espaço, que deveria obedecer a rigorosos protocolos sanitários da ANVISA, encontra-se em condições precárias, funcionando como um foco potencial de contaminação e disseminação de doenças e infecções hospitalares. Trata-se de um risco sanitário, incompatível com qualquer padrão mínimo de funcionamento hospitalar pelas normal estabelecidas pela Agência de Vigilância Sanitária.

A crise na saúde pública do município de Iguatu é agravante e se arrasta desde 2023. A Justiça do Ceará confirmou que a Prefeitura de Iguatu atrasou repasses de verbas destinadas ao Hospital e Maternidade Agenor Araújo, Casa de Saúde HMAA, mesmo após ter firmado acordo que determinava que os pagamentos fossem feitos em até dez dias após o recebimento dos recursos estaduais e federais. A decisão baseia-se em documentos apresentados pela própria instituição de saúde, incluindo extratos bancários que mostram que o dinheiro chegava ao Fundo Municipal de Saúde, mas demorava mais de um mês para ser repassado ao hospital. Em alguns casos, verbas recebidas no início de outubro só foram enviadas no final de novembro. A Casa de Saúde HMAA desempenha um papel essencial para o município e a região, oferecendo serviços fundamentais como a UTI Pediátrica, inaugurada em 12 de outubro de 2025.

Mesmo com dificuldades financeiras, a unidade ja salvou mais de 20 crianças – o que reforça a necessidade de repasses regulares para garantir o funcionamento adequado dos atendimentos. Como o acordo não foi cumprido, o juiz aplicou multa de R$ 100 mil ao Município e determinou que novos atrasos poderão gerar penalidades adicionais. A Justiça também ordenou que a Prefeitura publique, em até cinco dias, o Plano Operativo Anual e o convênio firmado com a Casa de Saúde, documentos essenciais para a transparência da parceria.

O Ministério Público foi comunicado da decisão e poderá avaliar a necessidade de investigar possíveis responsabilidades pelos atrasos e seus impactos na assistência à saúde.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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