Deputado estadual Robinson Almeida

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) comentou, nesta terça-feira (18), a decisão da Justiça Federal que condenou empresas responsáveis pela contaminação por chumbo em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. Após mais de 30 anos de disputas judiciais, o parlamentar classificou a sentença como um marco importante, mas ressaltou que o caso exige fiscalização rígida e cumprimento imediato das determinações para garantir reparação às famílias afetadas.

A decisão da 12ª Vara Federal Cível e Criminal da Bahia estabelece indenizações individuais entre R$ 100 mil e R$ 220 mil para moradores atingidos, além de um adicional de 25% para pessoas negras, reconhecendo o racismo ambiental identificado no processo. A sentença também determina a criação de um fundo social de R$ 5 milhões para projetos educativos e sociais voltados a crianças e adolescentes, além da remoção da escória contaminada em um raio de até cinco quilômetros da antiga fábrica de beneficiamento de chumbo.

Para o deputado, a decisão representa uma resposta importante às comunidades que convivem há décadas com os efeitos tóxicos deixados pela atividade industrial. “A decisão faz justiça a uma população que convive há décadas com os impactos tóxicos deixados pela atividade industrial, mas que ainda carece de ações concretas e urgentes para mitigação dos danos”, afirmou, defendendo acompanhamento permanente para assegurar que todas as medidas sejam executadas.

Robinson destacou que o caso ultrapassa a discussão ambiental e envolve questões de saúde pública e direitos humanos. “A sentença é importante, mas não pode ficar no papel. É necessário garantir a remoção imediata da escória, a gestão transparente do fundo social e o acesso de todos os atingidos às indenizações previstas”, declarou.

O parlamentar também ressaltou que os impactos da contaminação por metais pesados se prolongam por gerações, afetando moradores com problemas crônicos de saúde. Por isso, defende a ampliação de políticas públicas voltadas ao atendimento especializado das vítimas e ao monitoramento contínuo da qualidade do solo e da água no município.

Segundo ele, o episódio evidencia falhas históricas no controle ambiental brasileiro e reforça a urgência de revisão dos protocolos de fiscalização. “O episódio expõe a fragilidade histórica do controle ambiental no país e reforça a necessidade de revisão dos protocolos de fiscalização, especialmente em territórios onde populações vulneráveis foram submetidas ao abandono do poder público por décadas”, afirmou.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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