A Cummins apresenta na Agrishow 2025 o conceito de um motor a etanol, com 325 hp e 895 Nm de torque, como parte de sua estratégia para a transição energética no agronegócio, com o objetivo de reduzir as emissões e aumentar a eficiência no setor agrícola brasileiro.
A Cummins revelou, na Agrishow 2025, o conceito do motor B6.7 a etanol, projetado para atender às necessidades do agronegócio brasileiro e consolidar o uso do etanol como combustível limpo e renovável. Este motor de 325 hp de potência e 895 Nm de torque oferece desempenho semelhante ao de motores diesel, mas com uma vantagem clara: a utilização de etanol hidratado nacional, um biocombustível amplamente disponível no Brasil, que contribui para uma redução significativa das emissões de CO₂.
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O motor foi desenvolvido para operar com 100% de etanol, e sua tecnologia de injeção direta a 350 bar, cabeçote com duplo comando de válvulas e turbocompressor são projetados para as condições operacionais brasileiras, oferecendo alta eficiência, durabilidade e uma operação mais silenciosa. Além disso, o sistema de pós-tratamento three-way garante uma queima mais limpa, com um baixo impacto ambiental.
A Cummins vê o etanol como uma das principais rotas para a descarbonização do agronegócio, especialmente em países como o Brasil, com grande aptidão para biocombustíveis. O Mauricio Biadola, diretor de Vendas Off-Highway da Cummins Brasil, destacou que o etanol é uma alternativa estratégica dentro da estratégia Destino ao Zero, com base em inovação e sustentabilidade.
O motor B6.7 a etanol está sendo desenvolvido para máquinas agrícolas de médio porte, como pulverizadores, adubadoras e colheitadeiras, especialmente em propriedades com produção própria de combustível. A utilização do etanol no campo também fortalece a economia circular, contribuindo para ganhos de eficiência e redução de custos logísticos.
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Além de sua eficiência operacional, o conceito do motor a etanol apresenta uma redução de até 68% nas emissões de gases do efeito estufa quando comparado ao diesel, um avanço importante no setor agrícola. A Cummins também vê o etanol como uma opção para combinações futuras com outras tecnologias limpas, como sistemas híbridos, sempre com foco na eficiência energética.
A transição para um agronegócio mais sustentável com o uso do etanol passa pela evolução do ambiente regulatório e pela colaboração entre indústria, governo e produtores rurais, como ressaltou Biadola. A infraestrutura consolidada de etanol no Brasil é um ponto chave para facilitar a adoção dessa tecnologia.
A Cummins segue focada no desenvolvimento de soluções eficientes e sustentáveis para o agronegócio, com o objetivo de contribuir para a descarbonização e para a competitividade do Brasil no mercado internacional, atendendo às demandas por maior sustentabilidade e redução de emissões.
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Ciclo Otto: é o ciclo de funcionamento do motor utilizado por motores a gasolina e etanol, onde ocorre a compressão e ignição da mistura ar-combustível para gerar energia. Esse ciclo é mais eficiente e tem menor impacto ambiental quando comparado ao ciclo Diesel.
Sistema de injeção direta a 350 bar: significa que o combustível é injetado diretamente na câmara de combustão com uma pressão de até 350 bar (pressão muito alta), permitindo uma queima mais eficiente e um melhor desempenho do motor, além de reduzir as emissões.
Pós-tratamento three-way: é um sistema de catalisador utilizado para reduzir as emissões de poluentes no escape dos motores. O “three-way” significa que ele trata três tipos de poluentes: monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) e óxidos de nitrogênio (NOx), garantindo uma emissão mais limpa.