O estudo “The Return of the Cruise” (O retorno dos cruzeiros) comparou os números de 2022 com os de 2019, período pré-pandemia. Em três anos, o número de cruzeiros ativos, o tempo de operação nos portos e o consumo de combustível cresceram cerca de 24%.
Dessa forma, a emissão de poluentes também aumentou. De acordo com a pesquisa, houve crescimento de 9% de SOx, 18% a mais de NOx (óxidos de nitrogênio) e 25% a mais de material particulado fino (PM2.5), que são partículas inaláveis nocivas à saúde.
O levantamento também aponta uma contradição: os navios poluíram mais mesmo transportando menos passageiros do que antes da pandemia.
Barcelona lidera o ranking de poluição
Quando o foco é a poluição nos portos, Barcelona, na Espanha, lidera como o destino europeu mais afetado pelas emissões dos cruzeiros. Em seguida vem Civitavecchia, na Itália, e Pireu, na Grécia. Nesses locais, o estudo identificou que a quantidade de poluentes lançados pelos navios foi várias vezes superior ao total emitido pelos carros registrados nesses municípios.
Por outro lado, algumas cidades registraram melhora. Caso de Veneza, que caiu da primeira para a 41ª posição no ranking de poluição. Isso ocorreu após a implementação de um decreto, em 2021, que proibiu a entrada de grandes cruzeiros na lagoa da cidade. Como resultado, a emissão de SOx no local despencou 80%.