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Criança não tinha coração nem um rim. Existem indícios do crime de tráfico de órgãos. 

O relatório médico sobre a criança encontrada morta e esquartejada na localidade de São Domingos, norte da Guiné-Bissau, confirma a retirada do rim direito e do coração, disse esta segunda-feira o administrador do setor, José Costa.

A mais alta autoridade do Estado a nível regional esclareceu, também, que ainda não foram capturadas pessoas suspeitas daquele crime.

 A menina foi dada como desaparecida na sexta-feira à tarde e nas primeiras horas de sábado foi encontrada morta, enterrada e esquartejada.

Em declarações à rádio comunitária Kassumai de São Domingos, localidade a 25 quilómetros da fronteira entre a Guiné-Bissau e o Senegal, o administrador no setor considerou como “falsas as informações postas a circular nas redes sociais”.

“Até agora ninguém foi detido por causa deste caso triste”, disse José Costa, desmentindo informações postadas nas redes sociais de guineenses, entre sábado e domingo, segundo as quais três pessoas teriam sido capturadas no Senegal, suspeitas do crime.

O administrador de São Domingos contou como soube do caso, nomeadamente o que diz o relatório do pessoal médico do hospital do setor sobre o estado em que foi encontrado o corpo da menina.

“De acordo com o relatório médico, a criança estava sem rim da parte direita e sem coração”, afirmou José Costa.

O responsável pede a colaboração dos moradores do bairro de Tchetibinhin, onde vivem os pais da criança, mas também exortou para que cessem as especulações que, disse, não ajudam a Polícia Judiciária nas investigações.

José Costa reforçou ainda o desmentido sobre a alegada detenção de três pessoas suspeitas do crime ao afirmar que o Governo do setor de São Domingos “está em contacto permanente com as autoridades do Senegal e da Gâmbia” sobre o assunto.

“As informações falsas sobre a detenção de pessoas só podem estar a contribuir para despistar, estamos a falar de um assunto doloroso para toda a gente”, observou o administrador de São Domingos.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos está a acompanhar o caso e apontou, no domingo, que existem indícios do crime de tráfico de órgãos. 

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau está no terreno a investigar o sucedido. 

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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