A Correios amargam uma sequência de crises que se retroalimentam. A estatal registra 12 trimestres consecutivos de prejuízos, enquanto busca uma operação de crédito de R$ 20 bilhões junto ao Tesouro Nacional para tentar assegurar sua sobrevivência.
Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a empresa teve mais de 56 mil novas ações trabalhistas nos últimos 12 meses — uma média de 154 por dia — e acumulava aproximadamente 75 mil processos em andamento até 23 de outubro.
Além disso, em 2025 até o segundo trimestre, o prejuízo já alcançou R$ 2,6 bilhões, elevando o total acumulado para cerca de R$ 8,38 bilhões desde o início do trimestre-negativo.
A situação revela uma gestão fragilizada por falhas na administração de pessoal, saúde ocupacional e cumprimento de acordos coletivos, segundo a própria CNJ.
O resultado é que a empresa pública, já fragilizada, se torna menos competitiva frente à iniciativa privada que avança em eficiência e tecnologia — sob um governo que prometeu o contrário, o da Luiz Inácio Lula da Silva. O rombo expõe fragilidades críticas para um setor que deveria cumprir papel estratégico de Estado.
