Mais uma vez, o lago do Parque Botânico Aziz Ab’Saber, no Jardim Tulipas, em Jundiaí foi afetado por vazamento de produto químico em uma via adjacente. Desta vez, um corante azul, que era transportado por um caminhão envolvido em acidente ontem (13), vazou para o corpo d’água, o que chamou atenção de quem passava pelo local, tanto pela mancha colorida na água quanto pelos animais que foram pegos de surpresa e acabaram pintados de azul, como patos que estavam no lago do parque.
Segudo a Prefeitura de Jundiaí, no momento, os esforços estão concentrados na análise da contaminação no córrego, no Parque das Tulipas e no Rio Jundiaí. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) deverá fazer análises ambientais ao longo de todo o curso do córrego e do rio, para verificar os níveis de contaminação e a qualidade da água. Esse trabalho é acompanhado pela Defesa Civil de Jundiaí e pela força-tarefa da prefeitura, que presta total suporte às ações, envolvendo diversos órgãos municipais desde o início da ocorrência. As avaliações ambientais em andamento permitirão mensurar os impactos causados e embasar a responsabilização da empresa envolvida.
Segundo a Prefeitura de Jundiaí, o vazamento de produto químico que aconteceu ontem no Jardim das Tulipas, em Jundiaí, foi ocasionado após o motorista de uma carreta descer do veículo, que começou a se mover sozinho e colidiu com um poste na rua Álvaro de Oliveira Marcondes. Durante o acidente, recipientes que armazenavam corante químico orgânico à base de ácido acético – substância corrosiva e potencialmente contaminante – foram danificados, provocando o derramamento do material na via.
Devido à grande quantidade derramada, o produto escoou até uma boca de lobo localizada a cerca de 50 metros do local do impacto. Essa boca de lobo possui ligação direta com o córrego do Jardim das Tulipas, que atravessa o parque do bairro e deságua no Rio Jundiaí. Alguns animais que tiveram contato com o corante apresentaram alterações visuais, como mudança de coloração.
Segundo a prefeitura, desde o início da ocorrência, equipes da Defesa Civil, da Divisão Florestal da Guarda Municipal, da ONG Mata Ciliar, do Departamento de Bem-Estar Animal (Debea) e do Grupo de Apoio e Defesa dos Animais (Grade) atuaram de forma conjunta para resgatar e preservar a vida desses animais, que atualmente estão sob os cuidados da Mata Ciliar.