A médica destaca ainda a possibilidade de algumas pessoas contraírem meningite, que é a “infeção do líquido que existe à volta do cérebro e da coluna”. Assim, nos casos mais graves, a contaminação por esta bactéria pode levar ao internamento hospitalar por gerar um quadro de saúde mais agudo e que exige cuidados médicos.
Em casos mais raros, a infeção por E. coli pode causar ainda infeções urinárias, mas, como destaca Joana Moreno, tal não é habitual no contexto de contaminação da água do mar. “A contaminação nestes casos dá-se porque a pessoa ingere alguma água quando está a nadar e é a partir daí que a bactéria entra no corpo, através do sistema digestivo”, explica.
“Pode acontecer que a bactéria entre no corpo através da uretra e provoque uma infeção urinária, mas tinha de haver uma grande quantidade de contaminação na água para isso acontecer”, assegura a médica.
Na Nazaré, o foco de contaminação pela bactéria que se julga ser a E. coli, tornou-se evidente através da deslocação de dezenas de pessoas a unidades de saúde com “sintomatologia gastrointestinal”. A médica de Saúde Pública Joana Moreno diz que este é o passo a dar perante a suspeita que um banhista possa ter em relação a ter sido exposto a bactérias nocivas na água do mar.
“Se as pessoas tiverem sintomas e tiverem esta ligação com a praia devem recorrer ao serviço de saúde para serem observadas“, aconselha, referindo que o médico irá “perceber se a gravidade da doença torna necessário a toma do antibiótico”.
A especialista diz que uma vez que está em causa uma bactéria, “há sempre a possibilidade de tratamento com antibiótico”. A bactéria pode ser identificada “através de análises às fezes e ao sangue” e a sua determinação é muitas vezes importante para se perceber qual deve ser o antibiótico correspondente a ser receitado ao doente.