O governo da Colômbia negou nesta quarta-feira (19/11) um suposto apoio a um plano para forçar a renúncia do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores refutou o conteúdo da entrevista concedida pela ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Rosa Villavicencio, ao portal norte-americano Bloomberg. Segundo o veículo, a ministra teria dito que a Colômbia apoiaria um plano para a saída negociada de Maduro da Presidência venezuelana.
O texto esclareceu que “o governo colombiano respeita o direito internacional e não interfere nos assuntos internos de outros países” e que Bogotá “respeita a soberania de sua nação irmã, a Venezuela”, com quem mantém “uma relação histórica de respeito”.
“E isso não pode ser afetado por informações descontextualizadas publicadas na mídia”, acrescentou.
O texto disse ainda que as alegações não correspondem aos posicionamentos do governo colombiano sobre os avanços dos EUA na América Latina ou ao que foi expresso por Villavicencio na entrevista, realizada em Madrid.
A Bloomberg escreveu que a chanceler disse que “Maduro estaria inclinado a aceitar [um acordo].” “Ele poderia sair sem necessariamente acabar na prisão e outra pessoa poderia assumir para conduzir essa transição e permitir eleições legítimas”, afirmou o veículo

Segundo Bloomberg, ministra teria dito que Colômbia apoiaria plano para saída negociada de Maduro da Presidência venezuelana
Prensa Presidencial/Telegram
Também na quarta-feira, a ministra rejeitou as manobras dos Estados Unidos realizadas no Caribe sob o pretexto de combater o narcotráfico. Segundo a autoridade, o destacamento militar “reflete ações excessivas que põem em perigo os povos da América Latina, especialmente os caribenhos”.
“Trata-se de uma escalada no comportamento intervencionista que pode ser uma ação secreta contra a Venezuela, o que acarretaria muitos problemas, incluindo a emigração em massa de venezuelanos para a Colômbia”, destacou a diplomata.
Explosão em refinaria na Venezuela
Também nesta quarta-feira (20/11) foi registrada uma explosão em uma unidade de destilação do Complexo Petroquímico José Antonio Anzoátegui, localizado no leste da Venezuela e operado pela estatal PDVSA.
Segundo a agência de notícias britânica Reuters, um trabalhador da região indicou que o incêndio começou perto de uma torre de destilação na planta de beneficiamento do complexo. Outra fonte indicou que o fogo pode ter se alastrado para uma fábrica de nafta [derivado do petróleo] próxima. As informações ainda não foram confirmadas.
O incêndio resultante da explosão foi controlado por uma equipe multidisciplinar, incluindo especialistas do setor, agentes da Defesa Civil, bombeiros e membros da Guarda Nacional Bolivariana (Forças Armadas do país).
Segundo a imprensa venezuelana, não houve feridos devido ao protocolo de emergência que foi acionado em tempo oportuno, o que permitiu a evacuação bem-sucedida de todos os funcionários da refinaria.
(*) Com Prensa Latina, RT en español, TeleSUR e informações de Brasil de Fato

