O ex-governador do Ceará Ciro Gomes formalizou nesta sexta-feira, 17, sua saída do PDT, partido ao qual estava filiado desde 2015. A decisão foi comunicada por meio de carta encaminhada ao presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. Ciro, que disputou quatro eleições presidenciais, deve anunciar na próxima semana seu novo destino partidário.
Entre as alternativas mais prováveis estão o PSDB e o União Brasil. Em julho, ele participou de uma reunião com dirigentes tucanos e afirmou que seu retorno ao partido “já estava decidido”, embora não tenha oficializado a filiação. Também tem buscado aproximação com o União, sigla que se federou ao PP neste ano.
Durante o evento de formalização da federação, Ciro criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que a presença no ato foi “um gesto de civilidade que deixou de existir após o avanço do lulopetismo e do bolsonarismo”. O ex-governador tem defendido uma reorganização das forças políticas como alternativa ao atual governo. Em suas palavras, “é preciso unir da centro-esquerda à centro-direita para tirar o Brasil deste desastre”.
Nas eleições de 2022, Ciro tentou se apresentar como nome da chamada terceira via, diante da polarização entre Lula e Jair Bolsonaro, mas terminou em quarto lugar, com cerca de três por cento dos votos válidos, atrás de Simone Tebet. Desde então, tem afirmado que não pretende mais disputar a Presidência. Em entrevista à Rádio Itatiaia, no ano passado, declarou que “não quer mais importunar os eleitores” e reiterou que não voltará a concorrer ao Planalto.
Mesmo fora da disputa presidencial, Ciro permanece como figura relevante no cenário político nacional. Ele é cotado para disputar o governo do Ceará em 2026, cargo que ocupou entre mil novecentos e noventa e um e mil novecentos e noventa e quatro.
Foto:Valter Campanato/Agência Brasil