Nas últimas 24 horas, cinco pessoas morreram de fome na Faixa de Gaza, elevando o total de vítimas da desnutrição para 127, incluindo duas crianças. O hospital Al-Shifa confirmou que entre os falecidos está uma bebê de apenas sete dias. O governo palestino emitiu um alerta alarmante sobre o risco de morte de 100 mil crianças menores de dois anos, devido à escassez de leite e suplementos nutricionais.
Entre as vítimas recentes, destaca-se Zeinab Abu Halib, uma bebê de seis meses, que faleceu de desnutrição severa nos braços da mãe na última sexta-feira, 25. O diretor-geral do Ministério da Saúde Palestino, dr. Munir al-Boursh, descreveu essas mortes como “vidas reais perdidas em silêncio”. A situação se agrava com relatos de recém-nascidos morrendo de fome, enquanto profissionais de saúde fazem apelos desesperados por ajuda.
Crise Humanitária
A ajuda humanitária prometida por Israel, que inclui suprimentos aéreos, é considerada insuficiente e perigosa pela ONU. A organização relatou que 12 pessoas morreram afogadas em 2024 ao tentarem resgatar suprimentos lançados de paraquedas no mar. A ONU defende que a solução mais eficaz seria a abertura das fronteiras terrestres, onde 6.000 caminhões com ajuda aguardam autorização para entrar.
O governo palestino denuncia um “crime sistemático de fome” e exige a entrada diária de 500 caminhões de alimentos e 50 de combustível para evitar um desastre ainda maior. A crise em Gaza se intensifica a cada dia, com a população enfrentando uma realidade devastadora e sem precedentes.