O aumento acelerado dos casos de dengue segue preocupando todo o país, e as cidades da microrregião de cobertura de O ECO não fogem à regra. Com o número de pessoas infectadas se multiplicando significativamente nas últimas semanas, as autoridades sanitárias têm intensificado as ações de combate ao Aedes aegypti buscando frear o avanço da doença, que já atinge níveis críticos em várias localidades.

Apesar das visitas domiciliares com o objetivo de orientar os moradores quanto à necessidade de eliminação de criadouros do mosquito, orientações educativas em escolas, unidades de saúde e outros espaços públicos, mutirões para o recolhimento de materiais inservíveis, entre outras ações que têm feito parte da rotina das equipes que atuam nas respectivas secretarias de saúde, a situação está cada vez mais crítica.

De acordo com informações atualizadas nessa quinta-feira (10), fornecidas à reportagem pelas respectivas Vigilâncias Epidemiológicas, desde o último balanço publicado por O ECO, mais precisamente no dia 22 de fevereiro, o número de casos positivos de dengue registrados em Lençóis Paulista, Macatuba, Areiópolis e Borebi saltou de 142 para 1.010, o que representa um exorbitante aumento de 611,27%.

Lençóis Paulista é o município com o maior número absoluto de infecções. Segundo os dados, nas últimas sete semanas, os casos registrados no município passaram de 92 (88 autóctones e quatro importados) para 645 (623 autóctones e 22 importados), o que aponta para uma elevação de 601,09%. A cidade ainda não confirmou nenhum óbito, mas três pessoas estavam hospitalizadas por conta da dengue nessa quinta-feira.

Desde o início deste ano, algumas regiões da cidade têm se destacado como os principais focos das contaminações pelo mosquito Aedes aegypti, apesar dos esforços das para conter o avanço da doença por meio de diversas ações de combate e prevenção. Jardim Ubirama, Núcleo Luiz Zillo e Parque Rondon estavam no topo da lista nessa quinta-feira, mas a Vigilância Epidemiológica não detalhou o número de casos.

Desde o início deste ano, algumas regiões da cidade têm se destacado como os principais focos das contaminações pelo mosquito Aedes aegypti, apesar dos esforços das equipes da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença por meio de diversas ações de combate e prevenção. Jardim Ubirama, Núcleo Luiz Zillo e Parque Rondon estavam no topo da lista nessa quinta-feira, com 78, 51 e 46 casos, respectivamente.

MICRORREGIÃO

Macatuba também vive uma escalada expressiva de contaminações. Nessa quinta-feira, a cidade havia passado de 27 (20 autóctones e sete importados) para 313 casos (242 autóctones e 71 importados), o que revelava um aumento de 1.059,26% desde fevereiro, o maior de toda a microrregião. Os bairros com a situação mais crítica na data eram os jardins América, Bocayuva e Planalto, com 86, 49 e 45 infecções.

Em Areiópolis, o número de contaminações mais que dobrou entre os dois levantamentos, de 20 (19 autóctones e um importado) para 46 (45 autóctones e um importado), o que indicava um crescimento de 130% na quinta-feira. De acordo com a Vigilância Epidemiológica do município, a região atendida pela ESF (Estratégia de Saúde da Família) Renovação concentrava a maioria dos casos, 20 no total.

Em Borebi, cidade com menor população da região, apesar da situação mais controlada, também houve aumento de casos no período considerado no presente balanço. Até nessa quinta-feira, o total de pacientes acometidos pela dengue no município havia passado de três (dois autóctones e um importado) para seis (três autóctones e três importados), segundo informações fornecidas pela Secretaria de Saúde.

No total, como citado anteriormente, a microrregião passou de 142 para 1.010 infecções confirmadas desde 22 de fevereiro, com 868 novos diagnósticos e crescimento de 611,27%. Com o cenário cada vez mais preocupante, as autoridades reforçam os pedidos para que a população colabore no combate ao Aedes aegypti, eliminando possíveis criadouros e utilizando repelentes sempre que possível.

Confirmação do sorotipo 4 em Bauru acende alerta

Na terça-feira (8), a Secretaria de Saúde de Bauru confirmou os primeiros quatro casos autóctones de dengue tipo 4, a partir de exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Três infecções foram detectadas no Parque Jaraguá e uma na Vila Industrial, onde têm ocorrido ações de bloqueio e nebulização para evitar que o vírus se alastre para outras regiões. Um quinto caso seguia sob investigação na data.

Com os registros confirmados, o município vizinho se tornou o primeiro do estado com circulação de todos os sorotipos da dengue, já que o tipo 3 também havia sido confirmado no início deste ano. A cidade enfrenta a pior epidemia da região, com mais de 6 mil casos registrados e 2,5 mil suspeitos aguardando a liberação de diagnóstico, incluindo um óbito confirmado e outros quatro sob investigação.

A confirmação do sorotipo 4 ocorre em um momento de crise no estado, que já registra mais de 550 mil casos prováveis. A presença de mais um subtipo é preocupante, já que a infecção gera imunidade apenas contra o sorotipo contraído, deixando o paciente suscetível aos demais. Além disso, a reinfecção por um segundo tipo costuma gerar quadros mais severos, o que aumenta o risco de hospitalizações e mortes.

Amostras de pacientes com sintomas suspeitos estão sendo coletadas semanalmente nas 71 unidades sentinelas do estado, que realizam de duas a cinco análises laboratoriais por semana. Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde informa que segue em alerta contra a dengue, e orienta que os municípios intensifiquem as medidas de combate e prevenção ao Aedes aegypti, que também pode transmitir zika e chikungunya.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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