Em nota, a pasta afirmou ainda que determinou que a clínica apresente um cronograma de melhorias nos processos de trabalho e de capacitação da equipe, para garantir maior segurança no atendimento aos pacientes.

Bruno descobriu ser portador de doença renal crônica no ano passado e, desde então, realizava tratamento três vezes por semana na unidade. No dia 20 de agosto, ele recebeu o ácido de forma intravenosa. A substância é usada na desinfecção das máquinas de hemodiálise e no processo de reuso dos filtros que entram em contato com o sangue do paciente. O laudo médico confirmou a contaminação e apontou hemorragia cerebral, edema e insuficiência respiratória aguda como consequências do episódio.

Os pais do paciente relataram à Polícia Civil que o diretor técnico da unidade admitiu a falha e informou que resíduos do ácido estavam presentes na máquina utilizada na hemodiálise de Bruno. O caso era investigado como lesão corporal por imperícia, mas depois da morte do entregador, o crime passou a ser tratado como homicídio culposo.

O delegado Fábio Luiz Souza, titular da delegacia de São Gonçalo, afirmou que a a investigação sobre o caso está na fase final, já que quase todos os funcionários da clínica envolvidos no procedimento já foram ouvidos. As apurações indicam que o erro teria acontecido durante a troca de turno na clínica.

O corpo do entregador deve ser levado ainda nesta terça ao IML de Tribobó, em São Gonçalo. Ainda não há informações sobre o enterro dele. Nas redes sociais, a família divulgou um pedido de doação via Pix para ajudar nos custos do velório.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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