A pergunta proibida que mudou o rumo da entrevista

Bial explicou que, antes da conversa, a produção havia acertado que o tema da cegueira do tenor italiano Andrea Bocelli não deveria ser mencionado. O problema é que essa informação simplesmente não chegou até ele. O jornalista contou: “Tinham combinado de não ser falado, mas, ao mesmo tempo, não me avisaram disso”.

A situação ficou ainda mais delicada quando ele decidiu abordar um assunto que costuma agradar ao cantor: futebol. “Não é que eu fui direto nesse assunto, mas… Ele adora futebol. E aí eu fiquei interessado. ‘Você viu futebol e você hoje continua vendo futebol…’ Alguma coisa assim”, relatou. Foi nesse momento que tudo desandou.
Segundo Bial, Bocelli simplesmente levantou e encerrou a entrevista. “Cara, ele levantou e foi embora. Desligou, porque era remoto, ele estava na Itália.”

Nada funcionava na conversa

O apresentador ainda detalhou as dificuldades técnicas que tornaram a situação ainda mais frágil. Como a conversa era intermediada por uma tradutora, nada fluía naturalmente. “Isso é o desastre anunciado. Ele não ouvia a minha voz. Eu falava, uma tradutora traduzia, ele ouvia a tradutora e falava de volta, e a tradutora traduzia… Receita do desastre! Estava na cara que ia dar caca e deu!”, desabafou Bial, reforçando que a comunicação truncada colaborou para o mal-entendido.

Por que falar de futebol mexe tanto com Bocelli?

Dentro do contexto, a reação do tenor não surpreende. Conforme já revelado no documentário Andrea Bocelli: Because I Believe, o artista perdeu totalmente a visão justamente durante uma partida de futebol. Nascido com glaucoma, ele já vivia com baixa visão até sofrer uma bolada no rosto aos 12 anos. “Um dia jogando futebol, eu era o goleiro. Não tenho ideia do porquê, nunca tinha jogado no gol antes. E nunca mais poderia ser o goleiro de novo. A bola me acertou bem no rosto. Daquela bolada, veio uma hemorragia, e o resto é história.”

O cantor passou por cerca de 13 cirurgias antes dos 3 anos de idade e, aos 7, foi encaminhado a um internato para crianças com deficiência visual, por não ser aceito em escolas tradicionais. Foi nesse período que ocorreu o acidente que definiu sua trajetória.

Confira na íntegra abaixo o relato de Pedro Bial:

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *