O governo japonês acionou um protocolo de atenção máxima após um terremoto de magnitude 7,5 atingir a costa da província de Aomori, no norte do país, na noite da última segunda-feira (8). O tremor deixou dezenas de pessoas feridas, causou danos estruturais em vias e edifícios e levou milhares de moradores a deixarem suas casas por precaução. Pela primeira vez, as autoridades emitiram um alerta específico para a possibilidade de um megaterremoto na região.

A situação acendeu um sinal de preocupação também entre estrangeiros que vivem no país, especialmente a comunidade brasileira, estimada em mais de 200 mil pessoas. Muitos estão concentrados em áreas incluídas no aviso, como Hokkaido, Aomori, Miyagi e Chiba.

Comparação com o desastre de 2011 reforça cautela

Segundo a Agência Meteorológica do Japão, o comunicado não indica que um grande terremoto irá acontecer, mas funciona como orientação preventiva. Técnicos identificaram semelhanças entre o atual cenário e o período que antecedeu o terremoto de 2011, quando um abalo seguido de tsunami deixou cerca de 20 mil mortos e provocou o acidente nuclear de Fukushima.

Naquele ano, um tremor considerado forte ocorreu dias antes do desastre principal. Por isso, o alerta atual abrange 182 municípios, desde o extremo norte até regiões próximas a Tóquio, orientando a população a manter planos de evacuação e itens de emergência sempre prontos.

Recomendações oficiais à população

A primeira-ministra Sanae Takaichi pediu serenidade, mas destacou a importância de preparação imediata. As autoridades recomendam que moradores organizem mochilas com água, alimentos e remédios, fixem móveis para evitar quedas e revisem rotas de fuga. Outra orientação incomum é dormir com roupas adequadas para sair rapidamente em caso de nova evacuação.

Em Hidaka, em Hokkaido, mais de 200 pessoas buscaram abrigo, enfrentando temperaturas negativas durante a madrugada.

Danos registrados e monitoramento contínuo

Além dos feridos, o tremor provocou réplicas, interrupções no transporte ferroviário, suspensão de aulas, falta de energia em milhares de residências e um pequeno tsunami registrado em áreas costeiras. Apesar da proximidade com Fukushima, o governo garantiu que não houve qualquer irregularidade nas usinas nucleares monitoradas.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *