O Ministério das Relações Exteriores (MRE) condenou nesta quarta-feira, 24, o “injustificado” ataque de drones israelenses contra Flotilha Global Sumud (GFS, na sigla em inglês), uma frota de embarcações cuja tripulação é composta por ativistas como a sueca Greta Thunberg e transporta ajuda humanitária para Gaza. As explosões aconteceram em águas internacionais ao sul a Ilha de Creta, na Grécia, na véspera. A frota partiu de Barcelona e, quando atracou na Tunísia, denunciou dois ataques semelhantes ao desta terça.

“Governo brasileiro condena o injustificado ataque de drones, em águas gregas, às embarcações da Flotilha Global Sumud, que conta com nacionais brasileiros e brasileiras entre seus tripulantes, incluindo parlamentares. Reitera ainda que são inadmissíveis atos violentos contra a flotilha, como o verificado na noite de ontem”, disse a declaração.

“Ao reforçar o caráter pacífico e humanitário da flotilha, o Brasil insta, novamente, as autoridades israelenses a não realizar qualquer tipo de ação que ponha em risco a incolumidade dos civis e das embarcações”, continuou o Itamaraty. “O Governo brasileiro, por meio da Embaixada em Atenas, está em contato com as autoridades gregas com vistas às devidas apurações do episódio e reforça a importância de que a liberdade de navegação seja assegurada a todos.”

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Bloqueio de Israel

Em comunicado, a GSF informou que pelo menos 13 explosões foram ouvidas durante a madrugada. Não houve vítimas entre as mais de 500 pessoas a bordo das diversas embarcações. A Flotilha Global Sumud é o quarto, e maior, projeto do tipo a desafiar o bloqueio marítimo de Israel à Faixa de Gaza neste ano, com vinte navios e mais de 500 tripulantes, incluindo Thunberg, o ator irlandês Liam Cunningham, de Game of Thrones, e o ativista brasileiro Thiago Ávila.

Nas redes sociais, a relatora especial da ONU para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, fez um apelo “a todos os Estados com um porto no Mediterrâneo” para que enviem a Marinha de seus países para “proteger” o navio e “escoltá-lo em segurança até Gaza e QUEBRAR O CERCO no que se tornou um gueto de morte”, questionando: ” Se não for para impedir um genocídio, onde pessoas estão sendo literalmente MASSACRADAS, quando?”.

As autoridades israelenses, que batalham contra o Hamas em Gaza há quase dois anos em retaliação a um ataque terrorista contra o país em 7 de outubro de 2023, descartaram essas tentativas de levar ajuda ao enclave costeiro como acrobacias publicitárias e jogadas de marketing. Mais de 65 mil palestinos foram mortos — entre eles, 440 por fome, incluindo 144 crianças — desde o início da guerra.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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