Devastação de Milei se reflete na perda de valor do peso (Instituto Rothbard
A crise econômica gerada pelas medidas do governo argentino de Javier Milei se aprofundou mais ainda. Somente nesta sexta-feira, o Banco Central argentino vendeu U$ 678 milhões para tentar conter a quase incontrolável desvalorização do peso argentino.
Com a debacle da economia e a crescente rejeição a seu governo de destruição nacional, os investidores estrangeiros estão correndo às pressas para retirar dinheiro do país. Isso forçou o governo de Milei a queimar mais de U$ 1 bilhão no mercado de câmbio para controlar o despenhadeiro do peso argentino, que caiu 9% nas últimas semanas. Milei tentou esconder o desastre que causou e acusa a oposição de desestabilizar seu governo, “pânico político que está em espiral no mercado”.
As eleições foram, na verdade, um referendo sobre o governo de Milei, e sua derrota demonstra a insatisfação do povo argentino diante das políticas neoliberais de arrocho e lesa-pátria de Milei.
“Confiamos no programa e não vamos nos afastar dele”, disse, Luis Caputo, ministro da Economia argentino, para um podcast na quinta-feira.
“Vamos vender até o último dólar no teto da faixa”, disse o catastrófico Caputo.
Em três dias o Banco Central argentino queimou uma montanha de dólares para tentar impedir a rápida desvalorização do peso. Além dos dólares vendidos na sexta-feira, na quinta-feira, U$ 379 milhões foram vendidos e na quarta-feira, U$ 53 milhões, depois que o peso argentino chegou ao fundo do poço para sua taxa de câmbio.
A corrida para manter o preço do peso estável se deve às negociações de empréstimo com o FMI de U$ 20 bilhões. Um dos requisitos para o empréstimo foi manter o preço do peso em uma faixa de negociação estabelecida pelo FMI, quando o peso atingiu 1.475 por dólar, o governo argentino teve que despejar suas reservas para conter a queda. Em abril, Milei botou um sistema de bandas e relaxou as medidas de controle do cambio argentino para garantir o empréstimo.
O empréstimo do FMI de U$ 20 bilhões, se tornou a maior parte das reservas argentinas do dólar, U$ 39 bilhões do Banco Central da Argentina no total, dinheiro que está sendo torrado diante do assalto especulativo sobre a moeda argentina.
A performance de mercado de ações argentino, central para a política neoliberal de Milei, se tornou o mercado com o pior desempenho em 2025 no mundo todo durante os primeiros 8 meses. O Índice S&P Merval, o mais importante da argentina, que agrupa as maiores empresas do país no mercado de Buenos Aires, sofreu uma queda de 30%.
Javier Milei, em total pânico, agora está correndo para debaixo da saia do governo dos EUA, ele disse na sexta-feira, que está recorrendo de um empréstimo para o Tesouro dos Estados Unidos para poder pagar dívidas em 2026, U$4 bilhões em janeiro e U$4,5 bilhões em julho. Ainda não se sabe como agirá a Casa Branca.