Os banhos na praia de Matosinhos, no distrito do Porto, estão desde esta terça-feira desaconselhados devido à contaminação microbiológica da água, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Os banhos estão desaconselhados porque as análises revelaram a presença de bactérias patogénicas (Escherichia coli e Enterococci intestinais) na água, revelou fonte da Capitania do Porto do Douro.
Esta é a quarta vez desde o arranque da época balnear que os banhos estão desaconselhados na praia de Matosinhos, segundo informação do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
Em 2024, a água da praia de Matosinhos foi classificada como má, depois de em 2023 ter sido tida como aceitável e em 2022 como boa. No concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, a época balnear arrancou a 14 de Junho e termina a 14 de Setembro.
A praia de Matosinhos Sul tem sido pontualmente interditada a banhos por causa da qualidade da água. Uma das principais fontes de poluição está identificada pela autarquia e, segundo declarações ao Azul da vereadora do Ambiente numa conversa sobre este problema, passará sobretudo pela existência de algumas ligações cruzadas entre a rede de saneamento e a rede de águas pluviais, neste território densamente povoado. O resultado destas ligações desagua na praia pela ribeira da Riguinha e as análises efectuadas regularmente levam a interditar os banhos nesta praia.
A autarquia assegura que nesta frente é feita uma fiscalização, mas também reconhece que é um trabalho difícil. “O trabalho de pesquisa destas ligações cruzadas é quase um trabalho de relojoaria”, diz Manuela Álvares. A classificação da qualidade da água tem por base dois parâmetros microbiológicos: a presença de bactérias Escherichia coli (E.coli) e Enterococci intestinais.
Porém, pode existir outra fonte de poluição que tem vindo a ser negligenciada. Segundo a vereadora, os dejectos das inúmeras gaivotas também podem estar a contribuir para os pontuais maus resultados das análises. Com Lusa