O Banco Mundial (BM) está a fazer um diagnóstico e a identificar setores prioritários para preparar o novo Quadro de Parceria e apoios a Cabo Verde, disse esta terça-feira, 9, um representante do grupo de administradores em visita ao arquipélago.

A visita, que decorre desde sexta-feira, a várias ilhas ajudará a preparar o documento, num processo em que “a primeira fase é de diagnóstico, compreender os desafios de desenvolvimento e, a partir daí, a administração do banco, em diálogo com o governo, identifica os setores prioritários”, disse o economista Marcos Chiliatto, diretor executivo do BM para o Brasil.

Segundo referiu, foi a primeira vez na história que houve uma visita de diretores executivos a Cabo Verde para “conhecer os projetos” que o BM financia, numa missão que terminou ontem.

“A cada quatro a seis anos, o BM refaz o quadro de cooperação com cada país” e, em Cabo Verde, o último quadro foi assinado em 2019 para durar até 2025.

O documento indicava como objetivos: “acelerar o capital humano para um crescimento inclusivo e orientado para os serviços” e “reforçar o ambiente para uma economia mais diversificada”.

Segundo o portal da instituição, “a carteira ativa do Banco Mundial em Cabo Verde inclui dez projetos num total de 299,2 milhões de dólares (255 milhões de euros)”.

Durante a missão, o BM anunciou que vai apoiar com 8,5 milhões de euros a requalificação do pontão de Santa Maria, na ilha do Sal, um dos cenários emblemáticos do turismo nacional que deverá estar renovado no início de 2027 depois de ter sido parcialmente destruído por uma tempestade, em outubro de 2024.

Dias antes da missão a Cabo Verde, a instituição já tinha anunciado um apoio de emergência, também no valor de 8,5 milhões de euros, face às cheias de 11 de agosto, que causaram oito mortos e destruição generalizada na ilha de São Vicente.

Marcos Chiliatto voltou a exprimir solidariedade para com Cabo Verde e referiu que “agora é preciso pensar na reconstrução”, sendo que “o tema climático é um desafio de todos e o BM pode trazer experiências de outras partes do mundo” para melhorar intervenções locais.

O nível de execução de Cabo Verde está “acima da média”, acrescentou, apontando a rápida resposta no caso de desastre, com planos preparados, o que permitiu que o apoio do BM fosse desembolsado “em menos de 48 horas”.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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