Uma doença misteriosa que causou a morte de 100 aves marinhas está sendo investigada pelas autoridades do Maranhão. Especialistas estão analisando os restos dos animais para descobrir a causa das mortes e têm reforçado a importância da população manter distância dos animais mortos, por precaução, e avisar os órgãos ambientais.

Segundo o Instituto Amares Pesquisa e Conservação da Biodiversidade, o primeiro caso suspeito, relacionado a ave marinha, foi relatado no dia 25 de fevereiro, em Tutoia, município que fica a cerca de 325 km de São Luís.

Logo depois, nos dias 26 e 27 de fevereiro, foram quantificadas cerca de 100 aves marinhas mortas, que antes de falecer apresentaram sintomas neurológicos que sugeriam Influenza aviaria (H5N1), também chamada gripe aviária, uma doença que pode passar para humanos. No entanto, essa possibilidade já foi descartada.

DIFICULDADE PARA RESPIRAR

As aves eram do tipo Trinta-reis-grande (Phaetusa simplex) Maçarico rasteirinho (Calidris pusilla) Maçarico branco (Calidris alba) e Gaivota da cabeça cinzenta (Chroicocephalus cirrocephalus). Todas apresentavam falta de coordenação motora e dificuldade para respirar. Ao g1, a coordenadora de pesquisa do Instituto Amares, Nathali Ristau, explicou a situação. 

Embora os sintomas em humanos até hoje relatados sejam brandos e raros, os profissionais alertam para o contato direto com os animais e as excreções destes, principal fonte de contágio e lembram que assim como na COVID, o vírus, ao passar de uma espécie para outra, sofre mutações e pode mudar suas características de virulência, aumentando a transmissibilidade e os sintomas. 

ORIENTAÇÕES À POPULAÇÃO

As autoridades reforçam que a população deve evitar qualquer contato com aves mortas ou doentes para prevenir contaminações. A exposição direta ou indireta (por objetos e fluidos) a animais infectados pode, em casos raros, transmitir a doença para humanos. Ao encontrar aves mortas ou doentes, as orientações são:

  • Nunca tocar nos animais
  • Não tocar em objetos suspeitos de contato direto com os animais
  • Não tentar resgatá-los, alimentá-los ou levá-los para casa
  • Ao transitar pelos locais de ocorrência, se certificar de estar protegido e não entrar em contato com as carcaças
  • Evitar que outros animais entrem em contato com as aves doentes ou mortas
  • Comunicar o caso ao serviço veterinário oficial do estado

Com informações do g1.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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