Autoridades de saúde e funcionários hospitalares manipularam exames de sangue e dificultaram investigações para encobrir o envenenamento de mais de 250 crianças em um jardim de infância na China.

(Foto: Reprodução/X/@IFENG__official)

As informações fazem parte de um relatório de investigação elaborado por uma força-tarefa entre o Partido Comunista e o governo local. O documento foi divulgado no domingo (20), segundo o jornal The New York Times.

O caso veio à tona em novembro de 2024, quando crianças do jardim de infância Peixin, na cidade de Tianshui, no oeste do país, começaram a apresentar níveis elevados de chumbo no sangue.

Segundo a polícia, o diretor da escola orientou a equipe da cozinha a adquirir a tinta, que era rotulada como não comestível. Imagens de câmeras de segurança, exibidas pela mídia estatal chinesa, mostram funcionários misturando o pigmento às massas durante o preparo dos alimentos.

Após as crianças começarem a apresentar sintomas, os cozinheiros tentaram esconder os frascos de tinta, mas os investigadores conseguiram recuperá-los. O relatório do governo chinês aponta que as autoridades alteraram resultados laboratoriais, ignoraram sintomas graves e atrapalharam testes de forma intencional.

O incidente foi causado pela adição de uma tinta comprada pela internet para “melhorar a aparência” de bolos de tâmara vermelha cozidos no vapor e pães de milho recheados com salsicha servidos na merenda escolar.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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